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Prevenção

SIDAdania: Todos fazemos parte

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), desde a sua descoberta na década de 80, representa um dos maiores problemas de saúde. A população jovem adulta encontra-se frequentemente exposta a contextos multidesafiantes, podendo manifestar comportamentos de risco e consequentemente contrair uma Infeção Sexualmente Transmissível (IST). Quando os/as alunos/as ingressam no ensino superior demonstram mudanças comportamentais, tais como responsabilidades, autonomia financeira, poder na tomada de decisão, maior contato e oportunidade do uso do álcool, drogas e a prática de sexo inseguro e consequentemente tornam-se mais vulneráveis às IST’s/SIDA. Alguns dos comportamentos de risco são: múltiplos parceiros/as sexuais e/ou relações casuais; confiança excessiva nos/as parceiros/as; não usar preservativos (interno ou externo) e/ou métodos anticoncecionais ou usar preservativos de forma incorreta; manter relações sexuais sob o efeito de álcool e/ou drogas e relutância em procurar esclarecimentos, informação ou ajuda junto dos profissionais/ serviços de saúde. Face ao exposto, torna-se de extrema relevância convencer a população académica de que qualquer pessoa está sujeita à infeção pelo VIH/SIDA e outras Infeções Sexualmente Transmissíveis. Na Região Autónoma da Madeira, segundo o Relatório Infográfico do Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM (2016), desde 1987 até ao 1.º semestre de 2016, o n.º de casos notificados por infeção VIH/SIDA entre os jovens (dos 15 aos 29 anos de idade) são cerca de 215 casos. Por estas razões, a Delegação Regional da Madeira da FPCCSIDA participou, por diversas vezes, na receção ao caloiro, com o objetivo de esclarecer, desmistificar e intervir dotando a população académica de informação/conhecimento para a promoção da saúde e a prevenção da doença. A Infeção por Vírus da Imunodeficiência Humana não discrimina ninguém pela sua etnia, idade ou estatuto social, pelo que a prevenção é da responsabilidade de todos/as nós – “SIDAdania, Tu Fazes Parte!” Jenny Vicente e Mafalda Abreu Equipa da Delegação Regional da Madeira da FPCCSIDA Referências: Secretaria Regional da Saúde através do Instituto de Administração da Saúde, IP-RAM. (2016). Relatório infográfico caraterização dos casos VIH/ SIDA notificados na RAM entre 1987 – 1.ºsemestre de 2016. Sales, W. B., Caveião, C., Visentin, A., Mocelin, D., Costa, P. M. & Simm, E. B. (2016). «Comportamento sexual de risco e conhecimento sobre IST/ SIDA em universitários da saúde». Revista de Enfermagem. 10.

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Ano novo e prevenção

As luzes, as cores, os sabores e os aromas que se sentiram no ar, ainda recentemente, nas ruas do Funchal, e um pouco por toda a ilha, começam aos poucos a esbater-se. Cada um destes apelos aos nossos sentidos fez despertar memórias dos natais da nossa infância, de reencontros de familiares e amigos, de hábitos e tradições que nos alegraram as casas e os corações. Os anos passam mas ninguém nos tira o melhor que guardamos desses dias de encanto e magia: o Presépio, a Árvore de Natal, a Missa do Galo, o Sapatinho, a Noite de São Silvestre e os Sabores. A propósito de sabores, e por associação, recordo os licores com cores e sabores super deliciosos que nos permitiam provar nestas alturas. Mesmo sendo ainda crianças de 9 ou 10 anos de idade, não havia na altura a noção das contra-indicações para nós relativamente àquele consumo. Acontecia com a maior das naturalidades, e pronto, estava feito e ninguém pensava mais no assunto. Hoje, com a informação de que dispomos, não passaria pela cabeça dos pais dar a provar os licores aos filhos nestas idades, uma vez que está cientificamente provado que o organismo não está preparado, antes dos 18 anos, para metabolizar o álcool. Um aspecto que temos de reflectir nesta quadra prende-se com os conceitos “uso social”, “uso moderado e “uso dentro das normas e padrões”. Quando falamos em uso social sabemos que há uma subjectividade inerente a este conceito, uma vez que ele transmite ideias díspares para diferentes pessoas e diferentes substâncias. Esta definição é geralmente usada do mesmo modo que é usada a expressão beber moderadamente, também de difícil definição, e que, sabemos ligar-se com regras de índole cultural ou moral de consumo, livre de risco, desaprovação social, ou perturbação para o próprio ou terceiros. Estas designações são usadas erradamente como um modo de uso sem consequências negativas ou problemas para quem consome, o que sabemos nem sempre ser a verdade. O acto de “tomar um copo” com os amigos, ou num jantar de família, é tido com muita ligeireza sobre as quantidades ingeridas, uma vez que raramente o copo é apenas um copo. Os media têm dado atenção ao Binge Drinking ou uso excessivo e episódico de álcool, um fenómeno que corresponde ao padrão de uso exagerado de álcool numa ocasião ou período de tempo determinado. Corresponde a um uso indevido de álcool, implicando um limite a partir do qual aumentam substancialmente os riscos. Significa o uso de 5 doses de bebida alcoólica para homens na mesma ocasião e de 4 doses para mulheres. A sua descrição está frequentemente relacionada com o subgrupo dos estudantes, adolescentes, jovens adultos e minorias étnicas. Cabe-nos, individualmente, enquanto cidadãos responsáveis e informados, alterar certas atitudes e comportamentos e modificar as estatísticas europeias que nos colocam num lugar deveras preocupante no que respeita ao consumo de bebidas alcoólicas, a bem de um Ano Novo com mais Saúde. Idalina Sampaio Socióloga – Serviço de Prevenção de Toxicodependência

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Prevenção é bué ação no Imaculado Coração

O Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAM, através do Serviço de Prevenção de Toxicodependência, estabeleceu uma parceria com a Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria, no sentido de desenvolver um projeto designado “Viver a Prevenção no Imaculado”, visando a prevenção do consumo de substâncias psicoativas na comunidade local. Este projeto prevê o desenvolvimento de um conjunto de iniciativas preventivas ajustadas à realidade sócio cultural e abrangendo diferentes públicos-alvo. Pretende-se, assim, intervir nesta freguesia de forma integrada, com maior incidência no Meio Familiar e Escolar. No contexto escolar, a intervenção visa a promoção de ações e práticas educativas, pela comunidade escolar em geral, favorecedoras do desenvolvimento de competências que possibilitem a adoção de comportamentos saudáveis e a recusa face ao consumo de drogas. Neste sentido surgiu o concurso: Escreve o Teu Slogan que visou sensibilizar para a prevenção das toxicodependências e fomentar para os hábitos de vida saudáveis. Os trabalhos foram avaliados de acordo com a criatividade e originalidade que apresentaram. O Júri responsável pela apreciação e avaliação dos trabalhos foi constituído pelo Presidente da Junta de Freguesia do Imaculado Coração de Maria, o Diretor e dois elementos da equipa técnica do Serviço de Prevenção de Toxicodependência. O slogan vencedor será utilizado como mote do projecto. O grupo vencedor constituído por três alunas da Escola da APEL, tiveram a oportunidade de conhecer as instalações e missão do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência. A visita de estudo decorreu no dia 16 de Setembro às 10h00, e teve a duração de duas horas. Não há como as palavras das próprias alunas para demonstrar o seu contentamento, desta que foi uma experiência certamente memorável. “Estava prestes a começar a aventura e nós nem a mínima ideia fazíamos… sexta-feira, estava marcada a nossa tão esperada visita ao OEDT. Fomos recebidas pelo Dr. Ignácio Molinni, um dos responsáveis pelo diálogo com os diferentes países da União Europeia, que nos conduziu a uma das salas das instalações, onde nos esperava a Dra. Maria Moreira. Esta prosseguiu com uma apresentação em que nos explicou o que era o OEDT e o papel que este desempenha na União Europeia e na sociedade.… achamos que esta viagem, e nomeadamente a visita ao OEDT, foi muito enriquecedora na medida em que pudemos compreender o funcionamento da UE, assim como das suas instituições derivadas. Esta viagem foi também como que um “abrir de olhos” para uma realidade que assola muitos jovens da atualidade que nos rodeiam e sobre a forma como podemos atuar em relação aos mesmos. Desta forma, sentimo-nos cidadãs participativas e úteis ao sabermos que, com o nosso slogan, contribuímos para esta nobre causa e com um pequeno gesto podemos ajudar para uma grande mudança!” Filipa Mendonça Psicopedagoga Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais IP – RAM Serviço de Prevenção de Toxicodependência

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Drogas emergentes e novas drogas

Smart-drugs, substâncias recreativas, drogas de desenho, drogas de síntese, herbal-highs, legal highs, designer drugs, drogas emergentes ou novas drogas, muitos são os termos ainda em discussão para nomear um conjunto de substâncias que vão desde químicas, até de origem vegetal e que têm sido alvo de estudo por várias comunidades científicas, e de interesse pelas instituições regionais, nacionais e europeias. A emergência destes compostos psicoactivos deve-se ao facto do consumo de drogas estar em constante evolução. A não regulamentação internacional de muitas destas substâncias (ou produtos que as contenham), criadas especificamente para enganar o controlo das instituições, o facto de imitarem os efeitos de drogas já conhecidas (alucinogeneos, estimulantes, depressores, canabinóides), o serem vendidas através da internet ou em lojas (smartshops), as estratégias de marketing sofisticadas e muito agressivas dirigidas a grupos específicos da população, são factores que as caracterizam. A venda é proibida a menores de 18 anos e existem evidências de toxicidade severa no consumo destas substâncias, actualmente alvo de estudo. Aliás, o uso destas “novas drogas” está a dar origem a problemas similares ou mais graves do que o uso de drogas que, até há pouco tempo, eram as mais comummente conhecidas (ex.:heroína, cocaína), uma vez que se tratam de novos produtos fabricados e distribuídos, e a sua constituição química e farmacológica ainda é, por outro lado, alvo de constante mutação. A acrescentar, são múltiplos os perfis dos consumidores e o problema agudiza-se quando o álcool é usado com este tipo de drogas. O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) é o responsável, a nível europeu, pela análise, identificação e controlo legal das substâncias psicoactivas, caso haja grave risco para a saúde devidamente comprovado. Em Portugal a Lei N.º 15/93 regula esta matéria. Dados Estatísticos De acordo com os resultados do “Flash Eurobarometer”, publicados em Julho de 2011 pela Comissão Europeia, apenas 5% dos jovens diz ter recorrido às “legal highs”. Em termos da sua regulação, 47% dos jovens inquiridos assinala que as novas substâncias psicoactivas deviam ser banidas caso coloquem em risco a saúde, e, um terço dos respondentes (34%) sente que estas substâncias devem ser banidas sob qualquer circunstância (http://www.emcdda.europa.eu/publications/drugnet/75). Neurobiologia das Adições O consumo, mesmo em pequenas doses, pode provocar risco de overdoses acidentais, bem como o risco de complicações psiquiátricas graves e até a morte. A hipótese de dependência física/psicológica está a ser alvo de estudos. Desafio aos Jovens Dirigimo-nos aos jovens para que considerem as consequências resultantes de cada solução alternativa (experimentar ou não experimentar), antes de tomarem uma decisão (Ferreira-Borges.2008) e resistam a situações problemáticas de aliciamento para a experimentação de substâncias legais/ilegais, e para que: “Passem a Palavra!”. Bebiana Ribeiro Psicóloga IASAUDE, IP-RAM Serviço de Prevenção de Toxicodependência

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