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Associação para o Planeamento da Família no Orçamento Participativo

A Associação para o Planeamento da Família (APF) está a concorrer ao Orçamento Participativo da Região Autónoma da Madeira (OPRAM). A APF, com presença na Região Autónoma da Madeira (RAM) há 20 anos, situa-se em São Martinho, desde 2002. Esta associação mantém-se próxima das comunidades e, sobretudo dos públicos mais vulneráveis, contribuindo para que todas as pessoas possam fazer escolhas livres e informadas relativamente à sua vida sexual e/ou reprodutiva e promover a parentalidade positiva. Este ano, a APF – Delegação Madeira está a concorrer ao OPRAM, um mecanismo de democracia participativa, no qual cada pessoa pode apresentar e decidir projetos de investimento público. Os cidadãos podem decidir através do seu voto, onde será investido uma parte do orçamento público em diferentes áreas, nomeadamente: saúde, inclusão social, desporto, cidadania, entre outras. Importa referir que hoje, os recursos na nossa localidade de residência ainda são escassos bem como, persistem fatores pessoais como a vergonha ou o preconceito, que nos inibem geralmente de procurarmos os serviços de saúde para questões no âmbito da Saúde Sexual e/ou Reprodutiva. Quando falamos nos rastreios de Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), nomeadamente para deteção do VIH/sida, Hepatite B, Hepatite C e Sífilis, tudo se complexifica seja pelo estigma, medo ou vergonha que possam estar associados. Como tal, o projeto ao qual concorremos, a APF Outdoor procura, através da aquisição de uma unidade móvel (carrinha adaptada), a realização de gabinetes de saúde, de forma anónima, gratuita e confidencial, cujo objetivo será complementar os serviços de saúde existentes neste âmbito. Deste modo, esta unidade móvel irá permitir abranger um maior número de pessoas, de diversas faixas etárias, de variadas zonas geográficas da RAM, permitindo-nos estar presentes em universidades e escolas de forma a esclarecer e combater o estigma cultural e promover a prática segura e positiva. Assim, através da intervenção de uma equipa multidisciplinar, este projeto tem como principais objetivos a extensão dos serviços da APF a toda a ilha, designadamente: a sensibilização para adesão do uso do preservativo (externo e interno) bem como a sua distribuição e de gel lubrificante; a educação, adaptada a cada faixa etária, sobre as vantagens e limitações inerentes ao uso de cada um dos métodos contracetivos, a identificação de comportamentos de risco que promovem a transmissão de IST´S; os sintomas recorrentes em caso de IST; o autoexame da mama; a correta higienização dos genitais; esclarecimento quanto aos procedimentos no que concerne ao acesso a determinados serviços do serviço regional de saúde, realização dos testes de gravidez e dos testes rápidos para as IST’s; o reencaminhamento, em caso de um resultado positivo, para o serviço regional de saúde; a monitorização de outros indicadores de saúde como a pressão sanguínea, glicemia capilar e peso; a entrega de brochuras e folhetos informativos; o aconselhamento individual e/ou em casal; e outras atuações neste campo que se verifiquem necessárias. Assim sendo, de forma a garantir o decréscimo de novos casos de IST’s e a promoção da Saúde Sexual e/ou Reprodutiva, torna-se relevante a sensibilização contínua para os meios de transmissão, a promoção do diagnóstico precoce através dos rastreios, e o aconselhamento. Importa salientar que um diagnóstico precoce de uma IST constitui-se importante na diminuição da probabilidade de transmissão e promoção da saúde da pessoa. Deste modo, vimos por este meio pedir a sua colaboração. Poderá ajuda-nos a ganhar e a amplificar a nossa intervenção por toda a Madeira através do seu voto! Esta votação poderá ser realizada até dia 25 de setembro através do envio de um SMS gratuita, sem qualquer custo, enviando SMS para o número 3301, seguido de espaço, colocando depois GRM021, seguido de espaço, OPRAM277(o número da nossa proposta), seguido de espaço e por fim, colocando o seu número de identificação civil. Exemplificando a mensagem a ser enviada para o número 3301: GRM021 OPRAM277 NIC. Também, poderá realizar a votação através do portal ou da Aplicação Móvel do OPRAM, utilizando as credenciais de acesso ao portam SIMplifica. Importa ressaltar que cada cidadão tem direito a um voto numa proposta de âmbito municipal e a um voto numa proposta de âmbito supramunicipal. Caso queira saber mais informações acerca da APF e o que temos vindo a fazer, poderá aceder ao nosso portal. E, igualmente, deixamos a nossa lista de contactos. Jéssica Silva Associação para o Planeamento da Família Delegação da Madeira Com fotografia de CDC. APF Madeira Rua da Vargem n.º 30 R/C 9000-705 São Martinho, Funchal Telefone: +351 29 161 18 51 Telemóvel: +351 93 258 18 78 E-mail: apfmadeira@sapo.pt Facebook.

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O mundo gira e pouco ou nada muda com o Orçamento

O chumbo de novembro, no Orçamento do Estado (OE) para 2022, provocou eleições e trouxe a discussão para abril e maio, num cenário condicionado pela guerra e pela inflação. Na maratona de votação, ontem e hoje pela madrugada, a oposição não viu aprovada, pelo Partido Socialista (PS), praticamente nenhuma medida com impacto orçamental. Há, contudo, notícias parcialmente boas na votação do OE para os assuntos relativos ao ensino superior. O valor das propinas será congelado, de acordo com uma proposta do PS, aprovada ontem na votação do Orçamento: “no ano letivo de 2022-2023, nos ciclos de estudos conferentes de grau superior e nos cursos técnicos superiores profissionais das instituições de ensino superior público, o valor das propinas em cada ciclo de estudos não pode ser superior ao valor fixado no ano letivo de 2021-2022 no mesmo ciclo de estudos”. A proposta teve os votos favoráveis do PS, do Partido Comunista Português (PCP) e do Pessoas–Animais–Natureza (PAN), os votos contra do Partido Social-Democrata (PSD) e da Iniciativa Liberal (IL) e a abstenção das restantes forças. A notícia é parcialmente boa porque parece não existir reforço do orçamento das instituições para colmatar a perda de receitas das universidades e, consequentemente, o prejuízo indireto que continuará a afetar os estudantes e a restante comunidade. Pelo contrário, a continuação de uma dotação insuficiente, combinada com a inflação, acentuará a situação orçamental difícil que a Universidade da Madeira continua a experimentar. O tema foi tratado em várias intervenções do Dia da Universidade e será um assunto que a ET AL. irá desenvolver nas próximas semanas. Ainda na área do Ensino Superior, os deputados aprovaram a extensão, no ano letivo 2022-2023, do valor mínimo de 495 euros para as propinas nos ciclos de estudos conferentes de grau superior. Em fevereiro deste ano, foi notícia que os estudantes têm quase 40 milhões de euros de propinas em atraso, num cenário que piorou com a crise pandémica. Nas restantes propostas, a intenção da IL, para antecipar os resultados da atribuição de bolsas de estudo no Ensino Superior, foi chumbada. Era vontade da IL que os candidatos soubessem, aquando da sua candidatura, se seriam beneficiários da ação social, antecipando os resultados das bolsas. Foi aprovada uma proposta do PAN “com vista a assegurar a melhoria da resposta de alojamento no ensino superior, durante o ano de 2022”, instruindo o governo a elaborar e a divulgar “um relatório nacional sobre a qualidade do alojamento no ensino superior”. O PCP viu rejeitada a sua proposta para que, a partir do ano letivo 2022-2023, “as escolas não agrupadas e agrupamentos de escolas, incluindo as escolas ao abrigo dos contratos de associação, de patrocínio e de cooperação, e as instituições do ensino superior público procedem à distribuição gratuita de produtos de higiene menstrual, descartáveis ou reutilizáveis”. Tal como o Bloco de Esquerda que recebeu chumbo do PS para sua intenção de oferta de produtos de recolha menstrual nas universidades. Na sua primeira audição parlamentar no início de maio, a titular da pasta do ensino superior, Elvira Fortunato, prometeu rever o modelo de financiamento do ensino superior, considerando que a forma atual “não é a mais justa”. Não será, contudo, nada tratado no OE deste ano. Luís Eduardo Nicolau ET AL.

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Observar (pra) quê?

Com a difícil aprovação do Orçamento de Estado 2014, a equipa da Revista JA resolveu abordar uma das temáticas mais frágeis do OE 2013, a dos observatórios públicos. Os observatórios criados em Portugal fazem-nos pensar o quão ludibriados andamos. De onde vêm e quais os seus objectivos? A moda dos observatórios surgiu nos EUA, nos anos 90, com a finalidade de resolver os chamados “problemas difíceis”. Mas é do conhecimento comum que, actualmente, em Portugal, a informação veiculada por muitos observatórios raramente serve para apoiar a decisão política, e por diversas vezes é tratada como um modo pessoal de arrumar dados, contribuindo para um currículo bonito. Em 2009, na realização da sua tese de mestrado em Ciência Política, apresentada ao ISCSP-UTL, Patrícia Barbosa concluiu haverem cerca de 155 observatórios no nosso país. Referia a pretendente a Mestre que o Estado desconhecia quais estavam, de facto, activos e salientava que, além dos observatórios sem funções, outras organizações desempenhavam esse papel sem qualquer reconhecimento oficial. Seguindo a lei à risca, deveriam estas entidades serem contabilizadas como verdadeiros observatórios, somando o seu total ao dos que assim eram denominados. Em Abril último, o Jornal de Negócios publicou que o Ministério das Finanças, pelo gabinete do então Ministro Vítor Gaspar, reconhecia apenas o registo de três observatórios, dois na administração central e um no Governo Regional dos Açores. A mesma publicação mostrava que nada havia mudado desde que Patrícia Barbosa se havia tornado Mestre em Ciências Políticas, referindo exemplos de vários observatórios públicos ou que prestavam serviços ao Estado cuja acção não estava bem definida, nem a actividade conhecida da tutela. O MF defendeu-se salientando a obrigatoriedade da inventariação dos observatórios financiados pelo Estado determinada no OE 2013, e o próprio Jornal de Negócios iniciou essa lista com algumas das instituições que assistiam a outros ministérios. Se nem sempre há despesas em ordenados nesses organismos, os estudos a eles encomendados constituem sempre encargos financeiros aos contribuintes e existem observatórios ligados aos vários níveis da administração pública e, até, a dezenas de instituições públicas autónomas, como as universidades. A extinção de observatórios sem qualquer utilidade é complicada e difícil, pois a manutenção destes é justificada em estudos de fenómenos sociais que, pela sua natureza, são morosos. Se tal não bastasse, estes produzem conclusões sem interesse a decisores políticos que sucedem aos que encomendaram os estudos, ou então, esses mesmos estudos estão desactualizados sendo necessária nova investigação sem que hajam frutos proveitosos. Noutras ocasiões, a sua concepção baseia-se em funções duplicadas das de outras entidades, sobrepondo-se informação, atingindo-se resultados distintos e dificultando-se o combate aos problemas sociais, o seu principal objectivo. Serão estes casos meros reflexos de gestão pública defeituosa, ou os observatórios são tão merecedores de confiança? Natália Barbosa

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Orçamentos, ainda os há?

O cancelamento de matrículas devido à impossibilidade de assumir o pagamento das propinas é, cada vez mais, um problema e agrava-se a cada ano que passa. O valor actual das propinas é incomportável para muitas famílias, e outras só com um grande esforço o conseguem pagar, levando a que o ponto de ruptura, no que diz respeito ao montante que as famílias estão dispostas a pagar, esteja iminente. Nos últimos anos as Universidades portuguesas têm sofrido grandes perdas nas transferências vindas directamente do Orçamento de Estado. Limitadas por lei na forma de obter receitas próprias, as Instituições de Ensino Superior têm-se desdobrado para encontrar alternativas a fim de continuar a oferecer aos seus alunos os melhores cursos, os melhores professores, os melhores funcionários e a melhor qualidade de ensino possível. As formas de financiamento próprias das Universidades através do valor recebido em propinas, verbas de projectos de investigação, fundos comunitários, serviços prestados à sociedade, e algumas outras, revelam-se insuficientes para fazer face à despesa anual das Instituições nas diferentes rúbricas, e sobretudo enfrentar os constantes cortes no Orçamento de Estado, no que concerne aos montantes destinados ao financiamento do Ensino Superior. Desde 2005 que o valor real que as Universidades recebem do Orçamento de Estado tem vindo a diminuir drasticamente, sendo que a nossa Universidade não é excepção. Portugal investe no Ensino Superior aproximadamente 1.3% do PIB nacional, contribuindo o estado com uma fatia de 62% e as famílias com 38% para as receitas das Universidades. Contudo, cada vez mais esta tendência inverte-se e as famílias começam a ter uma maior peso nos orçamentos das Universidades. No final do ano lectivo 2011-2012 deu-se um corte de 13% no orçamento, o correspondente a 99 Milhões de euros nas dotações do Orçamento de Estado. Face a estes dados é com preocupação que a Associação Académica da Universidade da Madeira aguarda a concretização do Orçamento da Universidade da Madeira, referente ao ano de 2014. Além das dificuldades já referidas anteriormente, acresce a diminuição de alunos que ingressaram no ensino superior na nossa Região, o que se reflecte nas receitas arrecadadas através do pagamento das propinas. Neste capítulo muito poucas opções há a seguir: ou se aumenta o valor das propinas, que rondam os 1030 euros, ou mantém-se esse mesmo valor, tentando minimizar os danos causados nos estudantes, e consequentemente nos agregados familiares que suportam estes elevados custos. Para 2014 a principal questão será saber como encontrar um equilíbrio entre o pagamento dos professores e funcionários e garantir um ensino de qualidade. Tendo em conta que o Magnífico Reitor da nossa Universidade afirmou recentemente nomeadamente em relação aos cortes no Orçamento de Estado para as instituições de Ensino Superior que chegará aos 5%, dificilmente conseguir-se-á recuperar essa quantia sem aumentar propinas. Se as propinas subirem de valor, dificilmente a Universidade não sofrerá perdas significativas no número de alunos começando uma autêntica bola-de-neve na redução de receitas e proveitos das Academias. Sendo assim, outras alternativas poderão surgir, como o corte no pessoal docente e não docente. Apesar de essa poder ser, à primeira vista, uma alternativa exequível, o Magnífico Reitor José Carmo, já manifestou a sua opinião desfavorável em relação a esta matéria. Da mesma maneira que não é eticamente correto e financeiramente sustentável a longo prazo aumentar as propinas, também não será difícil compreender que só conseguimos alcançar um bom patamar de qualidade e exigência no nosso ensino se possuirmos bons quadros, tanto no pessoal docente como não docente. Mesmo tendo em linha de conta que reduções de vencimento poderão existir, ainda será preciso colmatar os 900 mil euros retirados em sede de Orçamento de Estado do bolo destinado à UMa. A fatia que nos cabe terá que ser aumentada, não parecendo possível arrecadar os tais 900 mil euros através de reduções de vencimentos e redução de pessoal, faltando assim alternativas razoáveis para combater este flagelo que tem sido o financiamento das Universidades portuguesas, que se arrasta através de um péssimo modelo, e que tanto tem afectado os alunos do nosso País e de forma especial, da nossa Região. Do ponto de vista dos estudantes, as decisões tomadas no Orçamento de 2014 da Universidade da Madeira desempenharão um papel fulcral na continuação ou não dos seus estudos e objectivos académicos. Ao valor das propinas acresce os gastos com alimentação, transportes, material escolar e, em alguns casos, alojamento. As dificuldades sentidas pelos alunos são sobejamente conhecidas e estão claramente identificadas. Mesmo prestando todo o auxílio possível aos alunos mais carenciados a AAUMa encara com preocupação os cortes que o próximo orçamento da UMa poderá trazer, devido à complicada situação em que muitos colegas se encontram. Perante estes condicionamentos, é pertinente abordar a questão do modelo de financiamento das Universidades. Com os entraves que a legislação coloca à obtenção de receitas próprias, a Universidade da Madeira vê-se obrigada a deixar escapar possíveis apoios que seriam úteis para aumentar o orçamento para 2014 e de igual forma para os anos vindouros. O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) tem vindo a público defender outras formas de financiamento das Universidades, argumentando que é preciso dar uma maior autonomia às Universidades, como forma de permitir com que estas instituições tenham receitas próprias. A mais importante forma encontrada para suprir tais dificuldades passaria por parcerias com privados que, por um lado, dariam margem de manobra para adquirir verbas para suprimir os cortes das dotações provenientes do Orçamento de Estado e, por outro lado, daria possibilidade de integração de alunos nos seus quadros. Maurício Ornelas ET AL.

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Em Belém vive-se bem!

A Presidência da República Portuguesa, seguindo o exemplo de outras Chefias de Estado europeias, tem tentado reduzir e clarificar as suas despesas. Esse facto, no entanto, não evitou as críticas ao Professor Cavaco Silva por se apresentar, em Janeiro, como um reformado mal pago após uma vida de contribuição. De quanto dinheiro precisa uma chefia de estado? Se, por um lado, esse investimento deve acompanhar a capacidade pública de financiamento, por outro uma maior importância internacional obriga um Estado a um maior investimento na sua imagem e, desta forma, no seu líder. Um Chefe de Estado faz-se, então, pelo que é possível pagar por ele e pelo que é preciso mostrar ao exterior. A importância dos gastos das Chefias de Estado na Europa inunda a Internet e os Media com textos de natureza diversa, sendo principalmente abordados os casos relativos às Casas Reais. Na imprensa cor-de-rosa a Realeza é tema recorrente e a revista Lux publicou, em Outubro de 2010, um ranking das monarquias mais dispendiosas para os contribuintes. Sempre na ordem dos milhões de euros anuais, liderava a tabela a Família Real britânica (46,6), seguida da holandesa (39,6), da norueguesa (28), da belga (13,7), das dinamarquesa e sueca (12,0), da espanhola (8,9) e da luxemburguesa (8,7). Os gastos das Casas Reais são, no entanto, superiores a estes números, existindo receitas extra-governamentais saídas dos bolsos dos monarcas. Elisabeth, Rainha do Reino Unido, é o melhor exemplo de gestão sustentável do património pessoal, comercializando vários produtos agrícolas das suas propriedades e rentabilizando turisticamente muitos dos seus palácios, por exemplo. Já as Presidências Republicanas podem torna-se elas próprias mais mãos-largas que as congéneres monárquicas. Que o testemunhe a despesa do Quirinal (residência oficial do presidente italiano), que em 2007, já sob o comando de Giorgio Napolitano, ascendeu aos 235 milhões de euros, segundo o jornal brasileiro G1. Actualmente, contudo, o mais gastador dos líderes europeus é Nicholas Sarkozy, cuja despesa anual, segundo o Diário de Notícias em Junho de 2011, é da ordem dos 112 milhões de euros. O mesmo artigo situava a Presidência da República Portuguesa com uma despesa anual de 16 milhões de euros, dizendo-a só ultrapassada na Europa pela de França e, claro, pela Família Real britânica. Embora represente uma população quatro vezes inferior à representada por Juan Carlos, Rei de Espanha, Cavaco Silva e o seu gabinete gastam o dobro da Casa Real espanhola. Distribuindo-se os gastos pela população contributiva de cada país, sabe-se que Belém pesa mais ao cidadão nacional do que cada monarca europeu aos seus súbditos, incluindo a do Reino Unido. Contudo, ao contrário do que acontece entre a realeza, nenhum casamento na família do Chefe de Estado seria motivo de animação para economia nacional. Carlos Diogo Pereira Alumnus

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