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Maurício Ornelas

Psicologia positiva

A Psicologia é uma área do conhecimento aceite como ciência já nos finais do século XIX. Tal deveu-se essencialmente à desconfiança com que eram vistos os métodos de estudo dos primeiros psicólogos. De igual forma, pela natureza do seu objecto de estudo, a Psicologia é ainda alvo de críticas no que toca à dificuldade que tem em conseguir consensos e, dessa forma, explicações que permitam compreender fenómenos naturais, como é arquétipo de uma ciência. A emancipação desta área científica adveio do trabalho desenvolvido por Wilhelm Wundt, que criou o primeiro laboratório psicológico, sendo amplamente considerado como pai da Psicologia. Mediante a corrente dominante, o seu principal objectivo varia entre a compreensão do comportamento humano e a dos processos mentais, permitindo, em ambos os casos, dar a cada indivíduo maior qualidade de vida. Uma destas novas correntes, bem recente por sinal, é a Psicologia Positiva. Esta nova área da Psicologia surgiu no final da década de 90 na altura em que Martin Seligman, seu grande defensor, exercia o cargo de Presidente da American Psychological Association (APA). Seligman esforçou-se para difundir esta área cuja base está no optimismo em relação às capacidades e aos méritos do ser humano. Se inicialmente os psicólogos centraram-se em descobrir, entender e ajudar a superar as dificuldades, os desafios e os aspectos mais negativos do ser humano, a partir do momento em que esta corrente entrou em acção houve uma viragem na abordagem da Psicologia aos diferentes problemas das pessoas. Compreendeu-se que a felicidade, o bem-estar e a alegria na vida devem reger o trabalho de todos aqueles que, diariamente, fazem uso dos ensinamentos transmitidos pela Psicologia. Ao invés de ser dado ênfase às fraquezas, aos danos emocionais, esta perspectiva ensina a ajudar o ser humano focando-se nas forças e nas virtudes como a coragem, a esperança, a preseverança, a honestidade, o optimismo, e outras tantas que incutem uma mensagem renovada de felicidade em todos nós. O trabalho do psicólogo passa a consistir na identificação dessas virtudes (inatas ou adquiridas) e potencializa-las de forma a dar armas a cada indivíduo para que transponha as vicissitudes da vida. Existe um manual das forças e virtudes do ser humano (Seligman, Steen, Park & Peterson, 2005), onde são apresentadas 6 virtudes e 24 forças de carácter, que desde então têm direccionado os estudos envolvidos nesta área. Segundo a Psicologia Positiva, podemos utilizar estes conhecimentos para tornar a vida dos indivíduos mais saudável, com um aumento exponencial de felicidade, reduzindo o stresse, tendo como consequência a prevenção de muitas desordens mentais. Não se assustem, então, se se deparem com um Psicólogo sobremaneira alegre, a falar sobre a felicidade, a coragem, a esperança. Muito provavelmente é um defensor da Psicologia Positiva. Maurício Ornelas

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Eleições europeias de 2014

A Europa atravessa um período conturbado e de muita incerteza no futuro do projecto Europeu, outrora idealizado pelo francês Robert Shuman, considerado quase unânimemente como o pai daquele sonho distante chamado Europa. A recente crise pela qual atravessam vários países da União Europeia abalou os alicerces que suportam o projecto de União dos países do “Velho Continente”, e os diferentes povos começam a olhar com alguma desconfiança para a crescente falta de solideriedade dentro da U.E. por um lado, e por outro manifestam desagrado quando há sinais dessa mesma solideriedade. Contradição? Nem por isso. Os países que passam por graves crises, tal como o nosso, muitas vezes vêem as potências económicas do nosso continente, nomeadamente a Alemanha, como um exemplo claro da falta de solideriedade anteriormente mencionada, enquanto que os alemães vêem os países do Sul da Europa como um conjunto que constituí um mau exemplo de gestão da res pública e que por essa má gestão, aqueles países que são financeiramente saudáveis terão que pagar os custos de uma crise, que segundo eles, não criaram. Estamos portanto num dilema. De um lado estão os que acham que, apesar de todos os problemas, a União Europeia continua a ser a melhor solução para termos um continente europeu estável, politica e economicamente forte, para fazer face ao poderio norte-americano e uma China cada vez mais dominante em vários campos. Do outro lado da barricada encontram-se aqueles que vêem uma Europa cada vez mais débil, mais fraca, e que só entendem como benéfico o desmantelamento da União Europeia. Há países mais problemáticos que outros, no que diz respeito ao rumo que a Europa tomará. Vejamos por exemplo o caso grego. A Grécia é porventura o país onde mais violentamente surgiu um sentimento anti-europeu, muito culpa da dificuldade da União em liderar com a crise que atravessa aquele que em tempos foi a maior nação do Mundo. Surgiram muitos movimentos contra a integração da Grécia na União Europeia, muitos deles radicais, tanto de extrema-esquerda, como de extrema-direita, que são semelhantes pelas acções de um verdadeiro ódio contra Bruxelas. Esse sentimento, embora algo recalcado e muito menos violento, foi transposto para uma grande maioria da população grega, que não vê qualquer ajuda externa a chegar ao país. Em Maio deste ano os gregos poderão escolher o seu futuro na Europa, e ao fazê-lo escolherão também enfraquecer ou fortalecer a Europa. Neste momento constitui-se também como a grande incógnita aos olhos de uma Europa o desfecho da questão Ucraniana, sendo que ainda está em suspanse, e aguarda-se uma resolução definitiva do braço de ferro criado entre o povo da Ucrânia e os responsáveis pelos destinos do país. Será interessante observar quem será soberano nesta situação: os orgãos de poder, ou o povo que os elegeu para darem um rumo. A importância destas eleições europeias naquele país não pode ser ignorada. Face aos recentes eventos o povo ucraniano decidirá se irá seguir o rumo que o presidente do país decidiu tomar, aproximando-se da Rússia em detrimento de um acordo com a União Europeia, ou se vai seguir, como parece ser essa a sua vontade manifestada nas ruas das principais cidades deste país do Leste europeu, uma conduta muito mais pró-União Europeia, dando a vitoria nestas eleições aos partidos que defendem essa mesma conduta. Se a Ucrânia se voltar para a Rússia, levantando um pouco da velha cortina de ferro, então a União Europeia sofrerá um rude golpe num projecto que se quer coeso, sem divisões. Outro país importante, e talvez o mais decisivo, para abordar é a França. Sim, o país do pai da União Europeia, é, neste momento, uma nação que está a causar apreensão no círculo de poder político europeu. Marine Le Pen, filha de Jean-Marie Le Pen, é, tal como o pai, profundamente nacionalista e defende questões controversas tais como a oposição à imigração, o regresso da pena de morte e a denúncia de supostos benefícios por parte do parlamento europeu que vão contra a austeridade imposta um pouco por toda a Europa. Sucedeu ao seu pai na liderança da Frente Nacional e tem vindo a crescer exponencialmente nas sondagens, gozando de uma popularidade que será complicada de combater até Maio. Caso a nacionalista ganhe as eleições frente a uma liderança francesa socialista enfraquecida, adivinha-se o começo de um desmantalar da União Europeia. Por todas as questões enunciadas nos parágrafos anteriores, e mais algumas que também seriam pertinentes abordar, maio de 2014 será uma data fundamental para a o projecto europeu. Maurício Ornelas

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Mais apoio!

A Região Autónoma da Madeira atravessa, tal como Portugal, um período de crise económico e de algumas carências sociais. Em alturas de crise de económica, o acesso ao Ensino Superior, ou permanência nele, é fortemente dificultada. O número de desistências do Ensino Superior aumenta de ano para ano, bem como o número de candidaturas, o que comprova que as carências socio-económicas dos estudantes universitários é cada vez maior. É imperativo encontrar estratégias com o intuito de suprimir, o melhor possível, as desistências de alunos da Universidade da Madeira. A Associação Académica da Universidade da Madeira tem feito esforços para colmatar, na medida dos possíveis face a dimensão e âmbito da nossa Associação, alguns problemas pontuais de alunos da nossa Academia. No entanto, ainda há muito por fazer no campo das ajudas aos estudantes da UMa, e é com satisfação que dois novos apoios foram colocados à disposição de todos aqueles que estudam na nossa Universidade: um fundo emergência por parte da Universidade da Madeira e um alargamento dos apoios por parte do Governo Regional da RAM, para abarcar os estudantes que se encontram a estudar nos estabelecimentos de ensino da região. Apesar das restrições financeiras a que a Universidade da Madeira está sujeita, que muito têm dificultado a acção mais social da Instituição na qual estamos matriculados, foi possível criar um fundo de emergência que vem responder a um ânseio de muitos de nós: a existência de um mecanismo de emergência para fazer face a situações extraordinárias, que impeçam os estudantes de permanecer no Ensino Superior. Tendo em conta o elevado número de estudantes que têm vindo a desistir e outros a manifestar essa intenção, esta medida certamente irá se revelar muito positiva para a comunicade académica. Outro apoio que recentemente foi criado, é o alargamento de um apoio já existente, mas que apenas contempelava estudantes madeirenses deslocados, ou seja, estudam nas Universidades do território português continental e Açores. Como já foi referido, este alargamento permite agora aos estudantes universitários a residir na Região, candidatarem-se ao apoio dado pelo Governo Regional. A capitação máxima para usufruir desde apoio é de cerca de 350 euros, que apesar de ser bom, restringe de alguma forma o alcance do apoio. Por outro lado, o valor deste apoio já está estabelecido e é de cerca de 25% do valor do apoio concedido aos estudantes madeirenses deslocados, o que se traduz numa quantia de 42,5 euros. Este valor, apesar de parecer pouco, pode signifcar uma grande diferença nas despesas mensais dos estudantes. Por exemplo, este valor serve para cobrir o preço do passe, ou parte dele, o que só por si já vem aliviar os encargos que o aluno do ensino superior tem que cobrir. Reconhece-se que estes apoios não são os ideias, mas são no entanto os apoios possíveis, em tempos economicamente difíceis, com uma crise sem exemplo na história da Humanidade. É de louvar o esforço de toda e qualquer instituição que procure ajudar o estudantes em maiores carências económicas. Maurício Ornelas ACADÉMICA DA MADEIRA

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Orçamentos, ainda os há?

O cancelamento de matrículas devido à impossibilidade de assumir o pagamento das propinas é, cada vez mais, um problema e agrava-se a cada ano que passa. O valor actual das propinas é incomportável para muitas famílias, e outras só com um grande esforço o conseguem pagar, levando a que o ponto de ruptura, no que diz respeito ao montante que as famílias estão dispostas a pagar, esteja iminente. Nos últimos anos as Universidades portuguesas têm sofrido grandes perdas nas transferências vindas directamente do Orçamento de Estado. Limitadas por lei na forma de obter receitas próprias, as Instituições de Ensino Superior têm-se desdobrado para encontrar alternativas a fim de continuar a oferecer aos seus alunos os melhores cursos, os melhores professores, os melhores funcionários e a melhor qualidade de ensino possível. As formas de financiamento próprias das Universidades através do valor recebido em propinas, verbas de projectos de investigação, fundos comunitários, serviços prestados à sociedade, e algumas outras, revelam-se insuficientes para fazer face à despesa anual das Instituições nas diferentes rúbricas, e sobretudo enfrentar os constantes cortes no Orçamento de Estado, no que concerne aos montantes destinados ao financiamento do Ensino Superior. Desde 2005 que o valor real que as Universidades recebem do Orçamento de Estado tem vindo a diminuir drasticamente, sendo que a nossa Universidade não é excepção. Portugal investe no Ensino Superior aproximadamente 1.3% do PIB nacional, contribuindo o estado com uma fatia de 62% e as famílias com 38% para as receitas das Universidades. Contudo, cada vez mais esta tendência inverte-se e as famílias começam a ter uma maior peso nos orçamentos das Universidades. No final do ano lectivo 2011-2012 deu-se um corte de 13% no orçamento, o correspondente a 99 Milhões de euros nas dotações do Orçamento de Estado. Face a estes dados é com preocupação que a Associação Académica da Universidade da Madeira aguarda a concretização do Orçamento da Universidade da Madeira, referente ao ano de 2014. Além das dificuldades já referidas anteriormente, acresce a diminuição de alunos que ingressaram no ensino superior na nossa Região, o que se reflecte nas receitas arrecadadas através do pagamento das propinas. Neste capítulo muito poucas opções há a seguir: ou se aumenta o valor das propinas, que rondam os 1030 euros, ou mantém-se esse mesmo valor, tentando minimizar os danos causados nos estudantes, e consequentemente nos agregados familiares que suportam estes elevados custos. Para 2014 a principal questão será saber como encontrar um equilíbrio entre o pagamento dos professores e funcionários e garantir um ensino de qualidade. Tendo em conta que o Magnífico Reitor da nossa Universidade afirmou recentemente nomeadamente em relação aos cortes no Orçamento de Estado para as instituições de Ensino Superior que chegará aos 5%, dificilmente conseguir-se-á recuperar essa quantia sem aumentar propinas. Se as propinas subirem de valor, dificilmente a Universidade não sofrerá perdas significativas no número de alunos começando uma autêntica bola-de-neve na redução de receitas e proveitos das Academias. Sendo assim, outras alternativas poderão surgir, como o corte no pessoal docente e não docente. Apesar de essa poder ser, à primeira vista, uma alternativa exequível, o Magnífico Reitor José Carmo, já manifestou a sua opinião desfavorável em relação a esta matéria. Da mesma maneira que não é eticamente correto e financeiramente sustentável a longo prazo aumentar as propinas, também não será difícil compreender que só conseguimos alcançar um bom patamar de qualidade e exigência no nosso ensino se possuirmos bons quadros, tanto no pessoal docente como não docente. Mesmo tendo em linha de conta que reduções de vencimento poderão existir, ainda será preciso colmatar os 900 mil euros retirados em sede de Orçamento de Estado do bolo destinado à UMa. A fatia que nos cabe terá que ser aumentada, não parecendo possível arrecadar os tais 900 mil euros através de reduções de vencimentos e redução de pessoal, faltando assim alternativas razoáveis para combater este flagelo que tem sido o financiamento das Universidades portuguesas, que se arrasta através de um péssimo modelo, e que tanto tem afectado os alunos do nosso País e de forma especial, da nossa Região. Do ponto de vista dos estudantes, as decisões tomadas no Orçamento de 2014 da Universidade da Madeira desempenharão um papel fulcral na continuação ou não dos seus estudos e objectivos académicos. Ao valor das propinas acresce os gastos com alimentação, transportes, material escolar e, em alguns casos, alojamento. As dificuldades sentidas pelos alunos são sobejamente conhecidas e estão claramente identificadas. Mesmo prestando todo o auxílio possível aos alunos mais carenciados a AAUMa encara com preocupação os cortes que o próximo orçamento da UMa poderá trazer, devido à complicada situação em que muitos colegas se encontram. Perante estes condicionamentos, é pertinente abordar a questão do modelo de financiamento das Universidades. Com os entraves que a legislação coloca à obtenção de receitas próprias, a Universidade da Madeira vê-se obrigada a deixar escapar possíveis apoios que seriam úteis para aumentar o orçamento para 2014 e de igual forma para os anos vindouros. O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) tem vindo a público defender outras formas de financiamento das Universidades, argumentando que é preciso dar uma maior autonomia às Universidades, como forma de permitir com que estas instituições tenham receitas próprias. A mais importante forma encontrada para suprir tais dificuldades passaria por parcerias com privados que, por um lado, dariam margem de manobra para adquirir verbas para suprimir os cortes das dotações provenientes do Orçamento de Estado e, por outro lado, daria possibilidade de integração de alunos nos seus quadros. Maurício Ornelas ET AL.

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