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Alumni

O que é ser bem-sucedido para você?

Vou começar esse texto com uma pergunta clichê, mas, por favor, não me responda com uma resposta decorada daquelas que estampam a traseira de caminhão, tá?! O que é ser bem-sucedido para você? Por que eu comecei esse texto com essa pergunta e porquê eu gostaria que você investisse tempo na sua resposta? Porque tudo que eu tenho para compartilhar com você veio dessa simples pergunta. Foi me perguntando isso, diariamente, que senti a necessidade de sair da minha zona de conforto e procurar a minha própria definição de sucesso, com os meus próprios medidores. Me permiti olhar para fora da caixa. Me permiti confrontar certos padrões e estereótipos que a sociedade cria para evitar que a gente encontre o nosso propósito que, na grande maioria das vezes, vai no sentido contrário do capitalismo desenfreado, do egoísmo e do orgulho. Infelizmente essa é a realidade de grande parte da população mundial, a maioria das pessoas não quer despertar a consciência porque dá muito trabalho olhar para dentro e entender suas reais necessidades, é muito mais fácil olhar para fora e ver o que tá faltando, né? As pessoas não querem mudar o que está bom, mas, mal sabem elas que poderia estar excelente. Mas, há 5 anos eu despertei! Eu saí do Rio de Janeiro e fui fazer um intercâmbio de 10 meses na Universidade da Madeira. Cheguei sem amigos, mas cheia de objetivos e o principal deles era: me permitir viver intensamente, conhecer outras culturas e me deixar moldar pelos aprendizados que fazia durante a minha jornada. Eu chamo de jornada porque não me contentei em ficar apenas na Madeira, apesar de ter aprendido muito, nos poucos meses que morei lá. Eu, que já estava fora da minha zona de conforto, resolvi me arremessar ainda mais para fora e testar meus próprios limites. Que tal viajar 33 dias sozinha pela Europa, no melhor estilo mochileira? Planejei minha viagem toda sozinha! Foram 7 países e mais de 18 cidades absorvendo o máximo que podia aprender com as pessoas que passavam pelo meu caminho. Dividi quarto com mais de 15 pessoas, andei a pé por toda Madrid, fui parar na montanha mais alta da Polônia por engano, vi neve pela primeira vez, aprendi a tirar foto sozinha, aprendi a rir sozinha, aprendi a confiar mais nas pessoas, descobri que sou muito mais forte do que pensava, descobri que é possível fazer amigos tendo apenas o inglês básico e recebi muitos abraços de despedida. Mas, mais do que isso tudo, eu finalmente comecei a entender o que significava ser bem-sucedida para mim. Entendi que ser bem-sucedida não tinha nada a ver com o valor da minha conta no banco, com a marca do meu carro ou se eu tenho casa própria. Ser bem-sucedida, para mim, era proporcional ao número de experiências que eu vivia e proporcional aos hábitos que eu criava que iam de encontro com as coisas que eu gostava de fazer. A boa notícia? É que você pode sair da sua caixa quando você quiser, basta apenas dar um impulso para enxergar além do horizonte quadrado… Afinal, a Terra é redonda, não é mesmo?! Maryana Teles Alumni

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Alumni

Tinha 17 anos quando ingressei na UMa, em Design, e foi nesta casa que vivi experiências muito enriquecedoras. Uma das primeiras, teve o seu início mesmo antes das aulas começarem, com a entrada na TUMa. Outra, tão marcante quanto divertida, foi a praxe que me deu amigos para toda a vida. Na tuna, tive a oportunidade de sair da Madeira, pela primeira vez, aos 18 anos. Foi nesta equipa que desenvolvi a minha capacidade de comunicação e interacção e que conheci cidades como Évora, Vila Real, entre outras. Por outro lado, não descurei os estudos. Fiz um esforço para gerir o meu tempo da melhor forma e passei a todas as cadeiras, à primeira. Ter várias actividades extracurriculares não significa que não consigamos ter sucesso académico. Até acho que este depende muito daquilo que nos vai enriquecendo fora das aulas. Alguns meses depois de ter saído da UMa, o pontapé de saída para o mundo do trabalho foi dado com um estágio no União da Madeira, onde permaneço até hoje, agora, como coordenador do Departamento de Multimédia, Design e Merchandising. Se antes nunca concedi muita atenção ao futebol, a verdade é que passei a estar focado no mundo complexo das quatro linhas. Provavelmente, a minha capacidade de adaptação e a criatividade em torno do desporto rei só foi possível às competências adquiridas na UMa. Chamo-me João Nóbrega, tenho 25 anos e sinto que, de facto, foi a Universidade da Madeira e tudo o que ela engloba que definiram muito daquilo que sou enquanto pessoa e profissional. João Miguel Nóbrega ALUMNI

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Em enfermagem, desde o Reino Unido

Após o término do curso, tirei uns meses para reflectir sobre o meu futuro profissional, devido a toda uma conjuntura socioeconómica que vivíamos. Na Madeira, nascido e criado, encontro-me agora a escrever para vós desde o Reino Unido, país onde agora resido e trabalho. Quando fui convidado a escrever-vos e contar um pouco da minha história e percurso até aqui, vi-me apanhado num misto de lembranças, de nostalgia e de reflexão, que normalmente não nos passa pela cabeça porque estamos sempre ocupados e atarefados com algo no presente, ou pela aquela velha filosofia de olhar sempre em frente, “passado é passado”. O meu nome é Vítor Andrade, tenho 26 anos e fiz a minha formação na Universidade da Madeira, universidade onde estive por 6 anos. Durante esse tempo sempre senti que a UMa era a minha segunda casa (até porque lá passava mais tempo do que em qualquer outro lugar). Fui membro activo da Academia tendo sido voluntário e desempenhando diversos papéis na orgânica da AAUMa. Também tive a oportunidade de fazer parte da Estudantina Académica da Madeira durante 7 anos, tendo também chegado a desempenhar um papel mais administrativo por dois anos. Toda essa educação não formal foi fundamental para o meu crescimento pessoal e profissional. Fez completamente a diferença na minha forma de estar hoje em dia, tendo transposto esses mesmos ensinamentos para a minha prática diária até os dias de hoje. No já distante ano de 2007, entrei em Bioquímica na UMa com a ideia de fazer um ano de adaptação à vida académica. Mais tarde mudei para Enfermagem como era a minha intenção inicial. Quatro bons anos que terminaram com o Erasmus em Madrid e o Programa Bolsa Santander em Natal, no Rio Grande do Norte. Essas duas práticas finais foram também, a meu ver, determinantes para a minha formação e crescimento pessoal e professional. Deram-me uma visão diferente dos cuidados de saúde, da multiculturalidade e da qualidade da nossa formação. Após o término do curso, tirei uns meses para reflectir sobre o meu futuro profissional, devido a toda uma conjuntura socioeconómica que vivíamos e especificamente na minha área de formação. Uma agência de recrutamento britânica foi até à Madeira recrutar enfermeiros e não hesitei em vir trabalhar para o Reino Unido. Mais uma experiência que está a ser enriquecedora. Encontro-me no momento a trabalhar na área que sempre quis, a fazer o que sempre desejei: sentir que faço a diferença diariamente na vida de alguém. Trabalho no Princess Alexandra Hospital no Departamento de Emergência e, durante estes nove meses, já tive exposição a muitos casos interessantes e inclusive a formação. Formação, experiência e renumeração essas, que não teria no meu país. Felizmente nunca senti problemas de adaptação onde quer que fosse, aptidão essa que, também acho, foi reforçada pela educação não formal que fui desenvolvendo ao longo dos anos na Universidade. Toda essa experiência fez-me também aperceber-me que as posições geográficas não são tão limitantes como se pensa. Elas não fazem as pessoas ou as instituições. São sim, as pessoas dessas instituições quem define a qualidade do que aprendemos e como aprendemos. Nesse aspecto só posso expressar a minha satisfação e a minha gratidão por todo o ensinamento que me foi dado pelos meus professores, pares e amigos. Toda a confiança que em mim depositaram e que tentei sempre retribuir, com trabalho e respeito. Se cheguei aqui deve-se a vós, e aos meus pais, claro. Não posso dizer que não sinta falta da ilha. Sinto falta da minha família, dos meus grandes amigos, do sol, dos arraiais, essas coisas normais. De vez em quando tenho a oportunidade de matar essas mesmas saudades. No fim do dia sei que tomei a decisão certa e não me arrependo da decisão que tomei, a decisão que muitos de nós temos vindo a tomar e que, na perspectiva de muitos, é a mais difícil a ser tomada. Infelizmente o meu futuro, de momento, não passa pelo sítio a que um dia chamei casa, mas também não passa por ficar por aqui indefinitivamente. Quero experimentar outros países, outros hospitais, outras culturas. Vitor Andrade

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