Alexandre Freitas

Às portas da Europa

“A vida de Paco (Fernando Alves Pinto Paco), um jovem estudante de São Paulo, Brasil, desmorona-se com a morte da mãe e o fim de um sonho de ser attor. Anos 90. Sem perspetiva de vida num Brasil tomado pelo caos em plena era Collor, Paco decide […] levar um objeto contrabandeado para Lisboa. Lá, conhece Alex (Fernanda Torres), o amor e o perigo da morte…” Chegados a Portugal, às portas da Europa os emigrantes brasileiros deparam-se com novo horizonte. Vem-lhes à cabeça perguntas como “Porque estou aqui?” ou “Qual é o meu objetivo?”. Os nossos protagonistas irão lembrar-se das suas vidas no Brasil, o porquê de saírem, de trazerem consigo a tal encomenda especial. É neste contexto que iremos viver com eles estas mudanças, estas perguntas, enquanto somos bombardeados com imagens espetaculares. Filmado entre o Brasil e Portugal, Terra Estrangeira é hoje considerado um dos 100 melhores filmes brasileiros. Misturando o thriller, o road movie e um romantismo à flor da pele, tornou-se num filme de culto pela liberdade da sua narrativa e originalidade das suas imagens. Uma das primeiras obras de Walter Salles com Daniela Thomas, tem no elenco Fernanda Torres, Alexandre Borges, Tchéky Karyo e os portugueses João Lagarto e Miguel Guilherme, entre outros. Terra Estrangeira é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 23 e 24 de setembro. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, ao comprar o seu bilhete de cinema, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. No excerto da prévia, que poderá também assistir em registo videográfico, somos transportados para a mensagem integral do filme, inicialmente enigmática, Mas, à medida que a obra se descortina, torna-se cada vez mais claro o propósito das personagens perdidas de si: “Isto aqui não é sítio para encontrar ninguém, isto é uma terra de gente que partiu para o mar. É o lugar ideal para perder alguém, ou para se perder de si próprio.” Um filme de culto que não vai querer perder. Confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal, e fique-se por uma visão mais realista do que aqui lhe contamos, através da antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma do filme realizado por Daniela Thomas e Walter Salles.

Liberdade. Uma ilusão ou realidade?

“Eugénio, Joaquim e João são três jovens que, através de uma rádio clandestina, lutam pela liberdade e planeiam a revolução, invadindo as transmissões das rádios de Fortaleza e atacando a base constitutiva da sociedade burguesa e capitalista com poesia, música e provocações. Quando começam a incomodar os poderosos, as suas vidas passam a correr risco, ao mesmo tempo que surge uma bela e misteriosa ouvinte que deseja unir-se a eles e pode transformar os seus destinos.” Os irmãos Luiz e Ricardo Pretti, ao lado de Pedro Diogenes, já produziram longas-metragens promissoras e criativas como Estrada para Ythaca (2010) e Os Monstros (2011), todos realizados com a Alumbramento Filmes. Agora, chegam às salas de cinema a apresentar o trabalho Com os Punhos Cerrados, cuja temática dialoga o atual momento político do Brasil. O futuro do país depende dos jovens de hoje. Para isso, é preciso educá-los, dar-lhes liberdade para crescerem e poder serem melhores. Mas nem tudo o que parece é e os 3 protagonistas vivem numa sociedade capitalista e desumana. Enfrentam-na com poesia, música e outras provocações artísticas de maneira a acordar a população. Querem que ela seja mais livre, expressiva e diversa e não um rebanho com ideias homogéneas. Os três amigos utilizam as ondas de uma rádio pirata para exigirem a liberdade enquanto orquestram a revolução. Com os Punhos Cerrados é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 16 e 17 de setembro. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem direito a dois bilhetes pelo preço de um. Se for sozinho, ao comprar o seu bilhete de cinema, tem a oferta de um menu pequeno de pipocas e bebida. Vamos aproveitar estas vantagens com mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Bruno Carmelo, crítico cinematográfico, afirma que o filme “combina a arte combativa e a arte reflexiva, o político e o estético, o olhar ao futuro (a utopia) e o olhar ao passado (a nostalgia)”. Uma revolução que não vai querer perder. Confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal, e fique-se por uma visão mais realista do que aqui lhe contamos, através da antevisão. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma

A Odisseia de Argélia por Karim Aïnouz

“Marinheiro das Montanhas é um diário de viagem filmado na primeira ida de Karim à Argélia, país em que seu pai nasceu. Entre registros da viagem, filmagens caseiras, fotografias de família, arquivos históricos e trechos de super-8, a longa-metragem opera uma costura fina entre a história de amor dos pais do diretor, a Guerra de Independência Argelina, memórias de infância e os contrastes entre Cabília (região montanhosa no norte da Argélia) e Fortaleza, cidade natal de Karim e da sua mãe, Iracema. Passado, presente e futuro entrelaçam-se numa singular travessia.” Ao longo da travessia do mar o Homem depara-se com imensas perguntas, inúmeros desafios, seus, do seu povo, da sua cultura, ou da sua relação com os outros. O nosso protagonista não é exceção. Nesta viagem de auto descoberta embarcamos, de “mãos dadas”, nesta tempestade de emoções tanto ou nada desconhecidas ao período pós-colonial da Argélia, a terra natal do pai de Karim, a quem só conheceu aos 18 anos. O filme conta com outras aventuras, como a travessia marítima e a chegada às Montanhas Atlas em Kabylia. Este filme foi realizado por Karim Aïnouz, diretor de cinema, roteirista e artista visual brasileiro, mais conhecido pelos filmes Madame Satã, O Céu de Suely, Praia do Futuro e A Vida Invisível. O tema da viagem interior não é nada desconhecido nas suas produções, sendo todo o enredo um procedimento crescente de independência. Marinheiro das Montanhas é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 9 e 10 de setembro. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem 2 bilhetes pelo preço de 1. Se for sozinho, ao comprar 1 bilhete de cinema, tem a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Com estas vantagens é só aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. Allan Hunter, crítico cinematográfico, não fica indiferente a esta mensagem, reconhecendo o encanto do filme na (re)construção individual: “uma verdadeira viagem de auto descobrimento. O Marinheiro das Montanhas, definitivamente ilude-nos com as suas hábeis misturas de pessoal/político e as imagens deslumbrastes que Ainouz encontra ao longo do caminho.” Um filme a não perder. Confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal, e fique-se pela antevisão. Garantimos-lhe uma sensação de rejuvenescimento pessoal nesta nova aventura. O restante depende de si. Apareça. Alexandre Freitas ET AL.

Ligados pelo mesmo mar: e se a mente falasse?

“Uma escritora brasileira que acaba de se mudar para Tóquio dedica-se a escrever um novo romance, instigada por suas experiências no Japão e por uma das últimas cenas que presenciou no Rio de Janeiro: uma nadadora de travessia oceânica rasgando o horizonte com vigorosas braçadas em mar aberto. Essas duas mulheres, aparentemente, não compartilham nenhuma conexão, até que a vida de uma começa a interferir na vida da outra, estranhamente ligadas pelo mar. Hannah, a escritora, mergulha em uma jornada de autodescoberta no Japão, enquanto Ana, a nadadora, no Rio, estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de oceano interior.” A mente do ser humano está cheia de mistérios. Hannah e Ana não são exceção. Feminismo, espiritualidade e religião são alguns dos temas com que ambas se debatem e que nos deixam um total desejo para refletir. Talvez sejam a mesma pessoa em diferentes partes da vida, irmãs separadas à nascença, ou apenas duas estranhas sem nada em comum… Realizado por Djin Sganzerla, filha de Rogério Sganzerla, cineasta representante do movimento cinema marginal dos anos 60 e 70 e da atriz e cineasta Helena Ignez, a realizadora novata levou a sua obra cinematográfica ao lugar de conquista no Porto Femme International Festival, em Portugal, em 2020. Mulher Oceano é uma sugestão do Screenings Funchal, numa parceria com os Cinemas NOS e com o apoio da ACADÉMICA DA MADEIRA, para sexta e sábado, 2 e 3 de setembro. O cliente NOS, portador do seu cartão, se acompanhado, tem 2 bilhetes pelo preço de 1. Se for sozinho, ao comprar 1 bilhete de cinema, tem a oferta de 1 menu pequeno de pipocas e bebida. Com estas vantagens é só aproveitar mais um momento de grande cinema que o Screenings Funchal proporciona. O Monge Chudō destaca o grande elemento do filme na 6.ª Edição de “Budismo Hoje”, dizendo que “o mar é esse profundo silêncio, é onde começa o mundo, é onde o desconhecido se esconde e a partir dele tudo se cria”. Convidamo-lo a assistir o cenário inigualável de Mulher Oceano, através de duas mulheres com experiências de vida divergentes e que serão unidas pelo Oceano. Hannah e Ana contam-nos as suas estórias e as questões por essas levantadas. Permitem-nos colocar na sua pele e vislumbrar desde as praias do Rio de Janeiro à cultura do Japão. Somos desafiados a nos aventurar nos mundos onde a transformação pessoal não tem limites. Ficou tentado? Então confira isto e muito mais no portal do Screenings Funchal, e fique-se pela antevisão que disponibilizamos. Alexandre Freitas ET AL. Com fotograma da película realizada por Djin Sganzerla.