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Os protestos

Saudades de 2011? O PEC IV foi chumbado. O governo caiu. A troika impôs uma série de medidas. As eleições alteraram o panorama político português. Foram introduzidas novas medidas de austeridade. O euro tem o seu futuro em risco. A especulação continuou forte no mercado internacional. Várias economias europeias estão em crise. O desemprego é grande. O orçamento de Estado prevê vários aumentos. Os confrontos espalham-se pelo mundo. A revista Time elege o manifestante como a “Pessoa do Ano”.

E 2012 promete ser ainda pior. E o mais grave é que muitos portugueses parecem padecer de um coma profundo que os afasta de toda a realidade nacional e internacional. Muitos continuam a exigir regalias que são incomportáveis. O país admite que a vergonha seja a característica de muitos políticos que mancham uma classe desacreditada, mas mandatada pela nação nas urnas. Vivemos e viveremos em grandes dificuldades.

O ano que se segue pode sufocar por completo os povos que definham sob a aplicação de medidas desencontradas e ineficazes, ainda impávidos e serenos encontrando na greve e em passeatas, as únicas saídas para um protesto tímido. Os sufrágios encontraram altas taxas de abstenção de um povo que já não existe. Existe quem se manifesta pelo povo, quem grita pelo povo, quem diz que representa o povo e quem rouba o povo. O povo português parece que morreu.

Luís Eduardo Nicolau
Alumnus

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