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Teatro Municipal

Estudantes cantam no Baltazar Dias

A ACADÉMICA DA MADEIRA comemora o 10.º Aniversário dos FATUM no Teatro Municipal de Baltazar Dias, no dia 29 de abril, a partir das 21:00. Os FATUM – Grupo de Fados da ACADÉMICA DA MADEIRA sobem ao palco do Baltazar Dias para comemorar uma década de atividade, num concerto que reúne doze dos temas mais conhecidos da música portuguesa. FATUM: concerto de 10 anos O Teatro Municipal de Baltazar Dias acolheu, em anos passados, uma série de concertos designados Tributo a…, organizados pela ACADÉMICA DA MADEIRA, em conjunto com o Conselho de Cultura da Universidade da Madeira. Estas galas juntaram alunos e antigos alunos da Universidade da Madeira, em formações musicais, em interpretações de músicas imortalizadas por cinco das mais notáveis vozes da música portuguesa. Zeca Afonso, Amália, Max, António Variações e Carlos do Carmo foram os homenageados e deles, só Carlos do Carmo, o único ainda vivo, assistiu à homenagem rendida pelos universitários madeirenses, numa sala cheia de admiradores que emocionou profundamente o artista. Exibiram-se vários artistas madeirenses, a maioria amadores, e dos temas interpretados pelos FATUM procedeu-se a uma escolha criteriosa de onde resultaram os que integram o CD que será lançado no próximo dia 29 de abril. Em cada uma das cinco galas, os FATUM participaram com adaptações de músicas desses artistas, que agora foram reabilitadas para um concerto especial comemorativo dos 10 anos de atividade dos FATUM e dos 30 anos da fundação da ACADÉMICA DA MADEIRA. “Trova do vento que passa”, “Barco Negro”, “Pomba Branca”, “Adeus que me vou embora” e “Canoas do Tejo” são alguns dos temas que serão apresentados pelos FATUM, abraçando vários géneros musicais portugueses do século XX, com um certo sabor a Coimbra. FATUM Concerto de 10 anos será realizado na histórica sala de espetáculos do Teatro Municipal de Baltazar Dias, no próximo dia 29 de abril, a partir das 21:00. As entradas, a 5 euros, estão à venda na bilheteira do Teatro Municipal, ou na internet, na plataforma TICKETLINE. Em tempos de instabilidade económica, os fundos angariados reverterão para programas de apoio dedicados aos estudantes universitários da Madeira, em particular iniciativas de cariz solidário. Nota histórica dos FATUM O FATUM – Grupo de Fados da ACADÉMICA DA MADEIRA foi constituído em Janeiro de 2010, contrariando a inexistência de tradição em fazer ouvir as vozes dos estudantes que acompanhavam os trinares das guitarras de Coimbra. Há muito que a criação de um grupo desta natureza era objetivo da ACADÉMICA DA MADEIRA desejo despertado ainda em 2007, no aniversário da sua revista comemorado com uma noite de fado de Coimbra, inicialmente reservada a pessoas diretamente ligadas à Academia. O sucesso do evento levou a que este fosse aberto ao público em geral, objetivo cumprido com a recriação de uma serenata tradicional coimbrã, a Serenata Académica da Madeira, um ano depois. Os FATUM surgem, então, com o fulgor e entusiasmo deixado pelos grupos convidados a vir ao Funchal. Capas Negras, Grupo de Fados do Instituto Superior de Engenharia do Porto, Sangue Novo e o Grupo Madeirense de Fados de Coimbra foram os grandes responsáveis pelo desenvolvimento da ideia, concretizada no estabelecimento de um grupo de fados na comunidade da Universidade da Madeira, sob o nome FATUM. A primeira atuação teve lugar no dia 26 de março de 2010, no âmbito do 4.º aniversário da revista da ACADÉMICA DA MADEIRA. A partir dessa data o grupo começou a realizar várias atuações, sendo, neste momento, o grupo residente dos Saraus de Fado que são realizados, mensalmente, no Colégio dos Jesuítas do Funchal, outro projeto dinamizado pela ACADÉMICA DA MADEIRA. Texto de Carlos Diogo Pereira Fotografia de Pedro Pessoa/AM ET AL.

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Teatro Municipal do Funchal (1883-1888)

O teatro municipal a partir da sua inauguração foi um dos mais importantes centros da vida cultural, social e política madeirense. As referências a atividades teatrais na Madeira foram constantes ao longo da história da ilha, tendo existido vários teatros no Funchal, muito especialmente o chamado Teatro Grande ou Casa da Ópera, junto do palácio de São Lourenço, mas por tal demolido no período absolutista, em 1833, para segurança do governador. Ao longo do século XIX tentou-se por várias vezes a reconstrução de um teatro público, mas o somente foi possível perto dos finais desse século, mas tendo a partir de então desempenhado um papel fulcral na cultura madeirense. Entre 1850 e 1880 fizeram-se várias tentativas para dotar a cidade de um teatro que pudesse satisfazer as necessidades de uma sociedade progressivamente mais cosmopolita e com uma cada vez maior população veraneante estrangeira. Em 1880 foi criada, inclusivamente, uma sociedade edificadora do teatro, à frente da qual se colocou o visconde e depois conde de Canavial, mas em breve a câmara do Funchal assumia a construção, encomendando o projeto ao arquiteto do portuense Tomás Augusto Soler (1848-1883), que projetara o Teatro da Trindade do Porto. A primeira pedra do teatro municipal do Funchal foi lançada a 24 de outubro de 1883, após a chegada do mestre de obras Manuel Francisco Pereira, enviado do Porto para coordenar os trabalhos. O arquiteto do Porto falecera, entretanto em junho desse ano, somente com 35 anos de idade, assumindo a direção da obra o engenheiro José de Macedo de Araújo Júnior (1858-1890), também daquela cidade nortenha. As obras do edifício propriamente dito estavam concluídas em outubro de 1885, quando se decide que o teatro se chamasse Teatro D. Maria Pia (1847-1911), pedindo-se para isso autorização à rainha e, no ano seguinte, era celebrado contrato para execução dos trabalhos de decoração interior com Eugénio do Nascimento Cotrim (1849-1937) e Luigi Manini (1848-1936), cenógrafo então do Teatro Nacional de S. Carlos. Com o final das obras e ainda com a presença de Luigi Manini e de Eugénio Cotrim, foi o teatro D. Maria Pia apresentado aos funchalenses, a 29 de julho de 1887, mostrando-se os jogos de cena, ou seja os cenários e atuando a orquestra da Associação Musical 25 de Janeiro, para avaliar a acústica da sala. A inauguração oficial, no entanto, só viria a ocorrer a 11 de março de 1888, com a apresentação da zarzuela Las Dos Princesas, com uma companhia vinda das Canárias. O teatro municipal a partir da sua inauguração foi um dos mais importantes centros da vida cultural, social e política madeirense, pelo mesmo tendo passado as mais importantes companhias portuguesas, mas também espanholas, francesas e outras, que deslocando-se para a América Latina, por exemplo, aproveitavam a passagem pelo Funchal para algumas apresentações. Com a implantação da República e a nova edilidade republicana do Funchal, logo a 27 de outubro de 1910, decidia-se mudar o nome ao teatro, que passou a ser Dr. Manuel de Arriaga, mas algum tempo depois, o próprio, já como presidente da República, recusava a utilização do seu nome para casa de espetáculos. Face à recusa, a câmara municipal optou pelo nome de Teatro Funchalense, mas falecido o Dr. Manuel de Arriaga em 1917, em sua memória, em 1921, a câmara voltou a atribuir o seu nome ao teatro. Em 1935, entretanto, optava-se pelo nome do poeta madeirense quinhentista Baltazar Dias, denominação com que chegou até nós. De acordo com as épocas, chegou a funcionar essencialmente como sala de cinema, mas voltando a depois a sala de concertos, de exposições, debates e encontros de caráter cultural, tendo conseguido manter toda a sua ambiência dos finais do século XIX, quase como uma peça de museu e, ao mesmo tempo, adaptar-se às necessidades e aos meios de comunicação atuais. Rui Carita Professor da UMa

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