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solidariedade

Dançando com a Diferença

Este grupo de dança inclusiva, cuja direcção artística é de Henrique Amoedo, nasceu como sendo um projecto de nome Dançando com a Diferença. Desenvolvido, entre 2001 e 2007,na Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação, as suas actividades são desenvolvidas actualmente através da Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Dançando com a Diferença, AAAIDD. O GDD diferencia-se dos demais grupos artísticos pela sua filosofia inovadora e ousada, comuns à Arte Contemporânea. De uma forma ciente e cuidada, o grupo leva aos auditórios a versatilidade de pessoas com deficiência, que demonstram no seu dia-a-dia, de ensaios e esforço, que transpõem barreiras e vencem inúmeras batalhas – com alegria e entusiasmo. Sendo assim, o objectivo deste grupo é o de expressar-se através da dança, desmistificando o preconceito ainda existente na sociedade, diante da sua realidade. Com participação não só a nível regional e nacional, já levou o nome da Madeira e de Portugal a eventos internacionais, tendo-se apresentado com os seus espectáculos em cerca de dez países, entre eles, Brasil, França e Rússia. Muitos críticos da área anunciam-no como um dos grupos que mais contribui para a inclusão do cidadão deficiente, sendo reconhecido por isso. Apesar de existirem outras iniciativas no país que trabalham a dança em pessoas com deficiência, o GDD é o único grupo do género no país que se constitui como uma companhia de repertório usando, entre outros, criações de distintos coreógrafos, como Clara Andermatt e Rui Horta. Para além dos dançarinos profissionais que integram o elenco dos espectáculos, o grupo trabalha quotidianamente em actividades educacionais artísticas e de apoio terapêutico, com cerca de cem pessoas de várias faixas etárias. A população menos jovem participa em iniciativas promovidas pelo grupo através de um protocolo estabelecido com a Câmara Municipal do Funchal. Outras acções desenvolvem-se em parceria com a Secretaria Regional de Educação e dos Recursos Humanos e as suas Direcções Regionais, com o intuito de se desenvolverem actividades de Dança Inclusiva na Região Autónoma da Madeira. O Centro das Artes Casa das Mudas, na Calheta, é o local de residência do GDD e onde os seus espectáculos são normalmente apresentados. Estreado na Casa das Mudas e levado a palcos internacionais, o espectáculo mais recente do GDD intitulado de Desafinado já foi distinguindo, pelo semanário Expresso de 30-11-2011 como sendo a segunda melhor coreografia de 2011 em Portugal. Para além deste espectáculo, foram apresentadas na Região, no ano transacto, as coreografias WingWongorPingPong e Máquina Letal. Para este ano o GDD promete a estreia, em Maio, na Calheta, de um espectáculo que envolverá parceiros da Alemanha, Estónia, Polónia e Lituânia. Como estas, muitas outras coreografias desde há mais de dez anos, têm deliciado aqueles cuja sensibilidade à arte da dança tem-nos levado a enriquecer os seus sentidos com toda a energia, garra e união que este grupo representa. Elisabete Andrade

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6.ª Edição do UMajuda

A Associação Académica da Universidade da Madeira tem vindo, nos últimos 5 anos, a desenvolver um projecto de solidariedade social que abrange principalmente os mais novos, e este ano não foi excepção. A AAUMa procedeu, a 7 de Dezembro, à entrega do material que havia recolhido desde o passado mês de Outubro. O UMajuda, que consiste na recolha de material didáctico de toda a comunidade académica e demais sociedade civil interessada, possibilita à Associação Académica da UMa a oportunidade de presentear duas escolas básicas com pré-escolar da Região Autónoma da Madeira, nomeadas pela Direcção Regional da Educação. Este ano, após a recolha de muito material didáctico, livros infantis, brinquedos e material desportivo, a Académica da UMa procedeu à entrega destes itens na escola EB1/PE do Areeiro, em São Martinho, logo ao início da manhã. Neste estabelecimento de ensino a recepção foi calorosa e entusiástica, e as crianças aguardavam a chegada dos elementos do projecto com um momento musical preparado. Após a actuação dos pequenos cantores, foi a vez da Tuna Universitária da Madeira animar o dia dos mais pequenos, onde lhes possibilitaram a oportunidade de conhecer alguns temas mais conhecidos desta Tuna Universitária. A visita à escola EB1/PE do Areeiro terminou com um pequeno convívio, oferecido por este estabelecimento de ensino. Ao final da manhã, pelas 11 horas, a comitiva da AAUMa rumou em direcção à Ponta do Sol para proceder à entrega do material recolhido na escola EB1/PE da Lombada. Uma vez mais, os mais pequenos aguardavam com ansiedade a chegada da equipa da AAUMa que os presenteou com dezenas de artigos recolhidos no secretariado desta instituição, no Campus da Penteada, e lhes proporcionou um momento certamente inolvidável. Para terminar, a TUMa também actuou na EB1/PE da Lombada deixando as crianças perplexas com as suas danças e músicas. A AAUMa gostaria de agradecer a todos os que, quer dentro da Comunidade Académica quer fora dela, participaram activamente e perseverantemente para que este projecto fosse, uma vez mais, uma realidade, nomeadamente caloiros e praxistas de 2011, funcionários docentes e não docentes da UMa, a SIXT Rent-a-car, Fundação Livraria Esperança, Snack-Bar A Americana e à Tuna Universitária da Madeira. David Gonçalves Departamento de Comunicação e Markting da AAUMa

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É urgente combater o tráfico de seres humanos

Já todos terão ouvido histórias de amigos que, nos meses de Verão, ganharam dinheiro na apanha do morango, em França. Outros contam histórias das férias que tiveram enquanto faziam de au pair a umas crianças na Alemanha. Exemplos de trabalhos que muitas vezes são um chamariz para traficar seres humanos. “Toda a profissão pode ter vítimas de tráfico, mas há algumas identificadas como sendo mais problemáticas, porque são intensivo-laborais, pouco reguladas e de grande rotação”, refere Cláudia Pedra, Coordenadora Executiva do Projecto de Combate ao Tráfico de Seres Humanos do IEEI. Pelo sim, pelo não, a especialista aconselha: antes de sair do país para trabalhar, visita sempre a Embaixada do local de destino e mostra o contrato de trabalho, para perceber a sua veracidade. Para muitos especialistas, o tráfico de seres humanos é a forma moderna de escravatura. Não se pense, no entanto, que apenas acontece aos mais ingénuos. Com o passar dos anos, as “técnicas de recrutamento” de pessoas foram-se aperfeiçoando e hoje os traficantes recorrem a empresas fictícias, contratos de trabalho falsificados e até a entrevistas de emprego em tudo semelhantes às verdadeiras. Desengane-se também quem pensa que apenas são traficadas mulheres, pois o tráfico de seres humanos não tem como único intuito a exploração sexual. Em quintas escondidas em vários países, incluindo Portugal, há homens e mulheres a trabalharem na agricultura de sol a sol, sem salário e vivendo em condições desumanas. A isto se chama tráfico para exploração laboral, cujos números têm aumentado. Para além de tudo isto, há ainda as pessoas que são “roubadas” para tráfico de órgãos, para servidão doméstica, para serem utilizadas em roubos e outros crimes, entre outros. A tudo isto se chama tráfico de seres humanos e é um negócio que tem vindo a crescer. Porquê? Basta ler o que Joana Daniel-Wrabetz, Chefe de Equipa do Observatório do Tráfico de Seres Humanos, referiu na publicação Tráfico Desumano, do Ministério da Administração Interna: “nas palavras de um traficante: «Podes comprar uma mulher por 10 mil escudos (50 euros) e podes ter o teu dinheiro de volta numa semana se ela for bonita e jovem. Depois, tudo o resto é lucro”». Contas que fazem do tráfico de seres humanos a segunda actividade criminal mais lucrativa do mundo, só precedida pelas drogas ilegais e superando o comércio de armas. O que pode travar este negócio? Eu, tu, todos nós juntos. Como? Primeiro, tendo cuidado com os empregos no estrangeiro. Em segundo lugar, estando atentos e denunciando situações suspeitas (pela Linha Nacional de Emergência Social, 114, ou para a SOS Imigrante, de segunda a sexta-feira, entre as 8:30 e as 20:30, pelos 808 257 257 / 218 106 191). Em terceiro lugar, fazendo escolhas responsáveis no momento das compras, pois o tráfico de pessoas para fins laborais só existe porque a todos nós interessa pagar por uns ténis menos de 10 euros ou 3 euros por uns óculos escuros. Por último, façam o mais simples: divulguem este assunto pelos vossos familiares e amigos. Para isso, aproveitem o Dia Europeu contra o Tráfico de Seres Humanos, que se assinala a 18 de Outubro, e sejam a voz das cerca de 2,4 milhões de pessoas que se sabe serem todos os anos traficadas. Cátia Silva Coordenadora Editorial da Amnistia Internacional Portugal

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