As palavras-chave permitem que o leitor tenha acesso aos artigos que foram classificados com esse vocábulo enquanto etiqueta. Dessa forma, o repositório digital de notícias da ET AL. é filtrado para que o leitor consulte o grupo de artigos que corresponde à palavra-chave que selecionou. Em alternativa, pode optar pela procura de termos na barra de pesquisa.

Etiqueta Selecionada

Pesquisa

550.000 títulos em livre acesso

O ABM e os alunos universitários: 550.000 títulos em livre acesso Sabia que o Arquivo e Biblioteca da Madeira (ABM) possibilita aos seus utilizadores o acesso a mais de 550.000 títulos, entre monografias, publicações periódicas e outras espécies bibliográficas? São 546.931 livros e 7762 jornais e revistas. Somos uma biblioteca pública, beneficiária do Depósito Legal desde 1982. Por essa razão, recebemos através da Biblioteca Nacional de Portugal um exemplar de todas as publicações editadas no país. A nossa coleção tem um caráter generalista, nos domínios das ciências sociais, biologia, arte, história, religião, geografia, informática, literatura, psicologia, entre muitos outros. Além das monografias, podem ser consultadas publicações de outras tipologias, tais como atas de congressos, códigos e coletâneas de legislação, manuais escolares, dicionários, enciclopédias, bibliografias, entre outros. Os estudantes universitários são um dos nossos públicos mais fiéis, principalmente em época de frequências e exames. Terminadas as licenciaturas, recebemos os alunos que prosseguem estudos noutras ofertas formativas de ensino superior. Entre as áreas temáticas mais consultadas na biblioteca destacamos a Educação, a Psicologia, a Medicina, os Estudos Literários ou o Fundo Local. Este conjunto é de particular interesse para os estudos regionais e locais, uma vez que reúne todo o tipo de documentação e publicações referentes à Região Autónoma da Madeira, nos mais variados aspetos da sua vida, história, atividades, património cultural e natural. Do nosso acervo bibliográfico destaca-se igualmente a coleção de legislação e um conjunto de mais de 20.000 títulos em língua estrangeira, provenientes da Biblioteca de Culturas Estrangeiras, muitos deles disponíveis para empréstimo. De extrema relevância para os estudos académicos é de realçar a Coleção de Jornais, que inclui os primeiros periódicos a serem editados na Madeira, mas também publicações especializadas de diversa natureza: partidária, religiosa, desportiva, doutrinal, judicial, académica, literária e artística. A coleção está em processo de digitalização. O Diário de Notícias é um dos jornais que já pode consultar na plataforma de pesquisa da biblioteca, desde 1876 a 2000. Uma das novidades deste ano no ABM é o acesso gratuito à plataforma PressReader, uma solução digital que disponibiliza aos nossos leitores o acesso direto e integral a publicações de mais de 150 países, em mais de 60 línguas. É possível aceder a jornais nacionais (Diário de Notícias, JN, Correio da Manhã, O Jogo) ou internacionais (The Guardian, Washington Post ou o El País). Estão também disponíveis inúmeras revistas conceituadas em áreas como a ciência e tecnologia, os negócios, a arte, o entretenimento, a saúde e boa forma, a parentalidade e família, entre outras categorias. Títulos como Forbes, Vogue, Esquire, Rolling Stone, Les Inrockuptibles, The New York Review of Books, GQ, PCWorld, são apenas alguns exemplos. Acesso à biblioteca, ao catálogo bibliográfico e aos serviços do ABM A sala de leitura geral possibilita o livre acesso às estantes, sendo de referir que apenas uma parte do acervo está acessível, o restante encontra-se acondicionado nos depósitos. Os técnicos estão disponíveis para o esclarecimento de dúvidas e prestam apoio à pesquisa e recuperação da informação. A reprodução de documentos é possível, dentro dos termos legais, através de fotocópia (em regime self-service ou reprografia) ou a digitalização. O catálogo bibliográfico do ABM está disponível na nossa página institucional. Permite ao utilizador efetuar pesquisas, consultar o número de existências e verificar se estão disponíveis à consulta ou para empréstimo domiciliário. Há também a possibilidade de efetuar o empréstimo interbibliotecas, que permite solicitar documentos do catálogo de outras bibliotecas da Região. No caso dos artigos científicos, são enviados em formato digital, de forma célere e na maior parte dos casos sem custos acrescidos para o utilizador. Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas, o contacto com a biblioteca pode ser feito por telefone ou através do email deste serviço: biblioteca.drabm.srtc@madeira.gov-pt. Natércia Gouveia e Andreia Sousa Arquivo e Biblioteca da Madeira

LER MAIS...

Investigação: Apresentação e análise dos dados

Terminada a fase da recolha dos dados, segue-se a sua apresentação e interpretação à luz das questões de investigação ou das hipóteses formuladas. Segundo Reis (2010), a análise dos dados é o processo sistemático de pesquisa e de organização de transcrições de entrevistas ou de outros instrumentos de recolha de dados, com o objetivo de aumentar a compreensão desses materiais e de permitir apresentar o que se conseguiu com o trabalho de investigação (p. 114). Consiste, de igual modo, em categorizar e examinar esses dados de acordo com os objetivos e hipóteses previamente formulados. Atente-se que se devem comunicar os resultados que têm relação direta com as questões de investigação ou as hipóteses. De acordo com o tipo de estudo, os resultados dizem respeito tanto à descrição das variáveis e das suas relações, como à confirmação ou rejeição das hipóteses que foram testadas, com a ajuda de análises estatísticas. Na análise descritiva dos dados, o investigador indica as características comuns dos sujeitos que constituem a amostra. Na análise inferencial, o investigador verifica hipóteses de associação ou de causalidade, com a ajuda de testes estatísticos, a fim de determinar a natureza das relações entre variáveis ou a significação das diferenças observadas entre os grupos em situações controladas. Neste contexto, a análise dos resultados consiste em examinar de perto o conjunto dos resultados e em extrair o essencial de forma a abrir a via da interpretação. Na análise descritiva, consideram-se os dados que permitem caracterizar a amostra e estes são avaliados com a ajuda de medidas de tendência central e de dispersão. No que concerne às análises inferenciais, que tratam exclusivamente de verificação de hipóteses, consideram-se os diferentes teste estatísticos (correlação r, teste t de Student, análise da variância, etc.) utilizados para a verificação e os resultados que daí decorrem. A interpretação dos resultados é frequentemente considerada uma etapa difícil pelo facto de exigir um grande esforço de reflexão, o que pressupõe um exame crítico do conjunto do processo de investigação. O investigador analisa e interpreta os resultados situando-os no contexto do estudo e confrontando-os com os de outros trabalhos já publicados. Faz emergir as ligações entre resultados obtidos e as questões de investigação, ou as hipóteses formuladas. Em síntese, a análise envolve o estudo dos dados, a sua organização, divisão em unidades manipuláveis, síntese, procura de padrões, descoberta de aspetos importantes e do que deve ser aprendido e a decisão sobre o que vai ser transmitido aos outros. Referências e sugestões de leitura Reis, F. (2010). Como elaborar uma dissertação de mestrado. Lisboa: Lidel – Edições Técnicas. Fortin, M. (2003). O processo de investigação: Da concepção à realização. Lisboa: Lusociência (pp. 329-338). António Bento Professor da UMa

LER MAIS...

«Triangulação» na investigação qualitativa

“Procedimentos múltiplos de validação” (Becker, 1959) Enquanto na análise quantitativa podemos aplicar métodos estatísticos que determinam a confiabilidade e a validade do estudo, na análise qualitativa não são utilizados coeficientes nem testes estatísticos. Assim, na análise qualitativa devemos efetuar uma valorização do processo de análise. Uma das formas de valorizar esse processo é a técnica de investigação denominada triangulação. De acordo com Sousa (2005), “As investigações qualitativas permitem uma maior compreensão do funcionamento fenomenológico dos atos educativos. As investigações quantitativas apenas abordam o estudo de pequenas partes daqueles fenómenos, não permitindo uma compreensão tão lata, mas conferindo maior confiança aos resultados obtidos” (p. 174). Triangulação é um método de verificação dos dados, consistindo em empregar várias fontes de informação ou vários métodos de recolha de dados, ou vários investigadores, no mesmo estudo. A origem deste termo vem das áreas da navegação e da topografia nas quais são necessários três pontos para se obter uma localização precisa. Por exemplo, num triângulo (A B C), se o observador tiver informação exata da distância entre dois lados (A e B) pode obter as distâncias entre B e C e A e C: . A triangulação possui o mérito de conferir robustez e consistência à validade de uma investigação de carácter qualitativo, identificando inconsistências e contradições. Denzin (1994), citado por Fortin (2003, p. 322), descreve quatro tipos de triangulação: 1) Triangulação de dados, que comporta três aspetos: o tempo, o espaço e a pessoa, o que representa três patamares de análise, ou seja a agregação, a interatividade e a comunidade; 2) Triangulação de investigadores; 3) Triangulação de teorias; 4) Triangulação dos métodos, que compreende a triangulação intramétodos e a triangulação intermétodos. Triangulação envolve o uso de métodos múltiplos e múltiplas fontes de dados que apoiam a robustez de interpretação e conclusões na investigação qualitativa. Como Guban e Lincoln (1989) notam, triangulação não deve ser usada para encobrir diferenças legítimas na interpretação dos dados. Tal diversidade deve ser preservada no relatório de modo a que as vozes dos menos empoderados não sejam perdidas. A análise dos dados é um dos aspetos mais interessantes da investigação etnográfica. Começa desde o primeiro momento em que o investigador escolhe o problema para estudar continuando, até à redação do relatório final. Muitas técnicas, incluindo análise de conteúdo, são envolvidas na análise de dados etnográficos. Uma das mais importantes é a triangulação. Assim, a triangulação é fundamental na investigação etnográfica; Essencialmente, estabelece a validade das observações do investigador. Envolve verificar o que uma pessoa ouve e vê comparando as várias fontes de informação – há acordo ou discrepância? Por exemplo: Um investigador pode comparar as afirmações orais de um aluno de que ele é um bom aluno com as notas que ele teve no registo de avaliação, os comentários dos seus professores e, talvez, alguns comentários não solicitados de colegas seus. A triangulação, aqui neste exemplo, pode verificar – ou não – a autoavaliação do aluno. Aumenta a qualidade de dados que são recolhidos e a exatidão das interpretações dos investigadores. A triangulação pretende ser uma ferramenta heurística para o investigador. Impede que o investigador aceite facilmente a validade de impressões iniciais; reforça o escopo, a densidade e a clareza de construtos desenvolvidos durante o curso da investigação. Além disso, ajuda a corrigir preconceitos que ocorrem quando o investigador é o único observador do fenómeno a ser investigado. Finalmente, triangulação não se refere apenas a três aspetos na análise dos dados, como um aluno perguntou numa aula: – “Só se podem usar três fontes de dados na investigação?” Não! Quantas mais fontes de dados usarmos, maior o intervalo de confiança podemos obter. Para além disso, a triangulação permite que o investigador seja mais crítico e mesmo cético, face aos dados recolhidos. Referências Fortin, M. (2003). O processo de investigação: Da conceção à realização (3.ª ed.). Loures: Lusociência – Edições Técnicas e Científicas, Lda. Guba, E. & Lincoln, Y. (1989). Fourtth generation evaluation. Newbury Park, CA: Sage Publications. Sousa, A. (2005). Investigação em educação. Lisboa: Livros Horizonte (pp. 172-176). Sugestões de leitura Denzin, N. & Lincoln, Y. (1994). (Eds). Handbook of qualitative research. Thousand Oaks, CA: Sage Publications, Inc. (pp. 214-215). Fortin, M. (2003). O processo de investigação: Da conceção à realização (3.ª ed.). Loures: Lusociência – Edições Técnicas e Científicas, Lda. (pp. 322-326). Sousa, A. (2005). Investigação em educação. Lisboa: Livros Horizonte (pp. 172-176). Stake, R. (2007). vv Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian (pp. 121-134). António V. Bento Professor da UMa

LER MAIS...
OS NOSSOS PARCEIROS