As palavras-chave permitem que o leitor tenha acesso aos artigos que foram classificados com esse vocábulo enquanto etiqueta. Dessa forma, o repositório digital de notícias da ET AL. é filtrado para que o leitor consulte o grupo de artigos que corresponde à palavra-chave que selecionou. Em alternativa, pode optar pela procura de termos na barra de pesquisa.

Etiqueta Selecionada

Pedro Ideia

De mochila às costas no Alentejo

Porque para visitar lugares com bonitas paisagens não é preciso sair de Portugal, sugiro para caminhar de mochila às costas, o nosso grande Alentejo. Parte do meu Verão foi passado em Portalegre, um sítio perfeito para repor energias e quebrar a rotina do dia-a-dia, distando apenas algumas horas de Lisboa. Para quem gosta da vida no campo, será este o supra-sumo dos destinos do nosso país. Por entre vacas e cavalos a que depressa nos habituamos, tive oportunidade de testemunhar, aquando de um passeio nocturno pelos vastos campos que tinha como objectivo desfrutar de uma noite bem estrelada, a patrulha de uma astuta família de javalis, a escassos metros do Jeep. Apesar de nunca ter pastoreado, num dos dias em que lá estava houve um rebanho de ovelhas que partiu uma das cercas do monte e escapou para um terreno vizinho. Nessa altura, eu e os anfitriões saltámos para o terreno e percebi que guiar um rebanho com cerca de duzentas e cinquenta cabeças de gado é uma sensação incrível e diferente de tudo o que estava acostumado. Mais do que passar o Verão a tomar banhos de sol à beira de uma piscina, o melhor é mesmo integrarmo-nos no ambiente em que estamos inseridos e desfrutar desses momentos. Pedro Ideia Alumnus

LER MAIS...

Quando os grandes eram pequenos

O passado ficou para trás… agora vivemos o presente e tentamos planear o futuro. As saudades de uma infância feliz e despreocupada fazem parte de mim, sem que se tornem uma obsessão. Ao olhar para os anos anteriores, recordo nostalgicamente todos aqueles momentos bem passados com a família e com os amigos que entretanto se foram dissipando. Tenho a impressão de que nunca fui uma criança muito traquina mas esta pode ser apenas uma forma de ver as coisas. É certo que houve momentos em que, inocentemente ou não, assustei os meus pais. A título de exemplo, vou contar-vos um episódio caricato. No final de um almoço de Domingo, num restaurante, levantei-me e fui para a rua. Olhei para uma grande pedra ao lado de uma ribeira e somei um mais um. Decidi então fazer das minhas… Acontece que alguma coisa correu mal e acabei dentro da ribeira. Por ter uma altura considerável, todo o restaurante entrou em alvoroço. Saí dali ileso como se nada tivesse acontecido. Mas existem outros episódios, nem todos tão tumultuosos… Uma série deles que considero engraçada passou-se numa fase em que eu não era lá muito ‘bom garfo’. A verdade é que não gostava da comida que era preparada em minha casa… Já a minha tia, que morava na casa vizinha, era a melhor cozinheira do mundo (e continua a sê-lo). A comida era sempre muito bem-vinda, mesmo quando era sopa de legumes ou de outra coisa qualquer. Mais tarde vim a descobrir que aquela era a comida preparada na minha casa e depois mandada para a casa da minha tia. Fazendo uso a uma expressão popular, todos nós sabemos que ‘a galinha do vizinho é sempre melhor do que a nossa’. Ao longo dos anos pratiquei vários desportos. Pratiquei judo durante muito pouco tempo (não tenho bem a noção de quão pouco) e mudei-me depois para a vela. Confesso que gostei muito desta prática mas também apanhei alguns sustos. Parecia que o piloto do helicóptero que havia perto da Marina esperava que eu saísse para o mar para sobrevoar o meu barco. A combinação barco à vela e helicóptero não é favorável, pelo menos para quem está a velejar. Entretanto experimentei a equitação e decidi que seria o meu novo desporto. Alguns meses depois, recebi o meu primeiro cavalo que se chamava Queluz. Não lhe podia deixar de fazer referência pois constituiu um marco importante na minha vida, visto que me obrigou a crescer e tomar uma responsabilidade à qual eu não estava habituado. Infelizmente, após um brutal acidente, o Queluz faleceu sem que eu tivesse oportunidade de me despedir. Nesse dia, ao chegar do Liceu, a casa estava cheia. A notícia vinha a caminho. Foram dias tenebrosos em que tentava mostrar a todos que estava bem, em vão. Apesar de nunca me ter conformado, tive que seguir em frente e continuar na carreira equestre. Hoje sou um estudante de Bioquímica na Universidade da Madeira, que deixou de ter o tempo queria para caprichos (se quiserem chamar-lhes assim). O tempo para recordar nunca é pouco, por isso continuo a fazê-lo… todos os dias! Pedro Ideia Alumnus

LER MAIS...

A ignorância dos nossos universitários

Este é o título de uma peça da revista Sábado muito comentada nas redes sociais. Trata-se de uma série de entrevistas a estudantes do ensino superior português que tem por objectivo aferir até que ponto é que estes sabem responder a perguntas de cultura geral sobre vários temas e ramos. Achei decadente o facto de surgirem questões como “Qual a fórmula química da água?” onde se obtêm respostas descabidas, de entre elas “pH0”. Ou ainda “Qual a capital dos Estados Unidos da América?” e um estudante responder “Inglaterra”. Não, meus senhores, também não foi o Leonardo DiCaprio quem pintou o Mona Lisa e o Mel Gibson ainda não é a Chanceler Alemã. O fundador da Microsoft não foi, e passo a citar “aquele que morreu há pouco tempo” e o Egas era uma personagem da famosa animação infantil, como tal, nunca escreveu “Os Maias”. Atrevi-me a partilhar o vídeo nas redes sociais, o que por muitos já havia sido feito nas horas e dias anteriores. Digo “atrevi-me” porque sou um estudante universitário que não domina todos os temas e não quero com isto fazer troça dos colegas entrevistados nessa peça. A minha publicação teve muitos “Likes” e foi também alvo de inúmeros comentários, entre os quais a publicação de um vídeo semelhante, mas desta feita tendo como entrevistados docentes portugueses. Ao ser confrontada com a questão “Quem foi o primeiro presidente da república de Portugal”, uma professora quarentona responde com ar enfadonho “Está-me a pregar uma grande partida!”. Após pensar um pouco a dita docente chegou à conclusão de que o primeiro Presidente da República tinha sido Francisco Costa Gomes. Se preferirem podem assistir ainda a um professor a afirmar que a raiz quadrada de nove é trinta e seis. Logicamente que estas peças não retratam um todo da Educação Portuguesa mas sim alguns elementos mais descuidados ou pouco recordados da matéria do Ensino Básico. Tendo em conta o que vi, e se me permitem fazer uso da gíria popular, “venha o diabo e escolha”… Pedro Ideia Colaborador da AAUMa e do Voz na Matéria

LER MAIS...
OS NOSSOS PARCEIROS