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Despesa em ciência aumenta em 2021 atingindo máximo histórico de 3609 milhões de euros

A publicação dos resultados definitivos do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2021 (IPCTN Resultados Definitivos 2021) revela que a despesa total em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal atingiu um novo máximo histórico de 3609 milhões de euros em 2021.

O valor apresentado representa 1,68% do PIB (quando em 2020 se situava em 1,62%), evidenciando o aumento pelo sexto ano consecutivo da despesa em I&D em função do Produto Interno Bruto.

Apesar de a despesa total em I&D ter atingido em 2021 um novo máximo histórico, as metas a atingir até 2030 neste domínio são um desafio muito relevante e exigente, em todos os setores.

Novo máximo histórico de 3609 milhões de euros em 2021

Os dados reforçam a tendência de crescimento verificada desde 2016, confirmando o processo de convergência com a Europa. O valor da despesa total em I&D corresponde a um aumento de 8,1% face a 2019 e de cerca de 40% desde 2017, quando representava cerca 1,3% do PIB.

Investimento cresce em todos os setores

Em comparação com 2020, a despesa em I&D aumentou em todos os setores, mas o crescimento teve uma grande expressividade no setor das empresas, que aumentou 16,8% em 2021 (310 milhões de euros).

Relativamente às instituições privadas sem fins lucrativos, registaram um aumento de 16 milhões de euros (+23,8%), o Ensino Superior de 37 milhões (+ 3,2%) e o Estado de 10 milhões de euros (+6,1%).

Aumentou 16,8% em 2021

As empresas são responsáveis pela execução de 2154 milhões de euros, o que equivale a 60% da despesa nacional em I&D. O setor Ensino Superior em 2021 respondeu por 3,2% do total da despesa em I&D, o equivalente a 1 202 milhões de euros de execução. Os setores Estado e instituições privadas sem fins lucrativos foram responsáveis por 5% e 2%, respetivamente.

Mais emprego qualificado

O aumento da despesa em I&D pelas empresas e outras instituições privadas é o reflexo do crescimento do emprego qualificado e do compromisso do setor privado em acompanhar o desenvolvimento científico e tecnológico instalada em Portugal.

O número total de pessoas a exercer atividades de I&D em Portugal passou de 66 044, em 2020, para 69 769 (Equivalente a Tempo Integral), em 2021 (+5,6%).

As empresas são responsáveis pela execução de 2154 milhões de euros

Destes recursos humanos, 56 365 desempenharam funções de Investigador, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Os investigadores continuam a concentrar-se essencialmente no setor Ensino Superior, 28 846 ETI (51% do total nacional de investigadores), e no setor Empresas, 24 788 ETI (44%).

Em termos de qualificação das pessoas que desempenharam funções de Investigador, com um total nacional de 39 458, tinham Doutoramento, com grande expressividade no setor das Empresas, de 2 199, porém, é no Ensino Superior, onde concentra o maior número de investigadores, acima dos 35 mil.

IPCTN

Este retrato das atividades de I&D em Portugal é traçado pelos dados definitivos do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional (IPCTN21), relativo a 2021, publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). O IPCTN é uma operação censitária de periodicidade anual, realizada desde 2007 (era bienal desde 1982), que constitui a base de informação estatística oficial sobre recursos humanos e financeiros afetos a atividades de I&D em Portugal.

O retrato é traçado pelos dados do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional

Trata-se de uma operação inscrita no Sistema Estatístico Nacional (S.E.N.), sendo a DGEEC o órgão delegado do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a execução da mesma. O IPCTN é um inquérito de âmbito censitário, realizado em conformidade com critérios definidos a nível internacional pelo Eurostat, em articulação com a OCDE.

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Com fotografia da CDC.

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