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Regresso ao horário normal da biblioteca para breve

A biblioteca da Universidade da Madeira (UMa) funcionava de segunda a sexta-feira, das 9:00 às 19:00, durante o período letivo, sem pausas para o almoço. Aos sábado, até às 13:00. O subfinanciamento das Universidades portuguesas atinge os serviços básicos, limitando a capacidade de contratação e os recursos humanos disponíveis. Desde setembro, a biblioteca da UMa tem encerrado durante os dias úteis, às 17:30, ao contrário do normal fecho às 19:00, durante o período letivo. Outra alteração foi a interrupção para o almoço. O motivo, de acordo com a informação remetida pela universidade, é a ausência temporária de dois funcionários da Sala de Leitura. O Orçamento do Estado para 2022 “não constituí alternativa ou resolução” para o problema de subfinanciamento da UMa. Em resposta à ET AL., a UMa indica que irá realizar a substituição, ainda sem prever uma data para o regresso à normalidade. A biblioteca prepara, para breve, o regresso para o horário normal. Questionada sobre o número de utentes afetados pela diminuição do horário de atendimento, a UMa indica que apenas possui os “registos numéricos do movimento dos empréstimos e devoluções”, mas refere que tem conhecimento da “insatisfação dos utilizadores”. As Instituições de Ensino Superior têm enfrentado sucessivos constrangimentos orçamentais. Em maio, o Administrador da UMa referia que “o Orçamento de Estado não paga a totalidade dos recursos humanos na Universidade da Madeira, assumindo apenas 79% desse encargo”. Para 2022, como referiu o dirigente, o proposto aumento de mais 1,88% “não constituí alternativa ou resolução a esta matéria do subfinanciamento”. Carlos Diogo Pereira ET AL. Com fotografia de Pedro Pessoa.

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Erasmus? Espera sentado…

A Universidade da Madeira faz festa com mais de 100 vagas para os programas de mobilidade, mas esquece de resolver os problemas que tornam a viagem uma via sacra para os estudantes. Publicidade enganosa? Quando se trata de respeitar datas e cumprir prazos, não há filosofia nem física quântica que ajude os estudantes da Universidade da Madeira. Sobretudo quando o tema é: candidaturas ao programa Erasmus+. Da mesma forma que o semestre em que os alunos ficam noutro país lhes parece três dias, o tempo necessário à prossecução da candidatura e restantes burocracias parece meses. Isto quando não se trata, efectivamente, de meses ou de anos a tentar finalizar o processo, algumas das vezes sem sucesso, para descontentamento de muitos alunos. A falta de clareza nas informações prestadas relacionadas com os requisitos é um dos problemas apontados, como referido por um aluno que indica que “deveriam informar os alunos que se encontram no primeiro ano, aquando da candidatura, que esta não seria aceite pois não apresenta os requisitos mínimos, sendo por isso preferível realizarem a mesma durante o primeiro semestre do seu segundo ano.” Mais recorrentes são as várias reclamações de respostas tardias ou inexistentes, como apontado por uma aluna que referiu estar “há já um ano interessada em saber e adquirir informações” sobre o programa Erasmus, mas sem qualquer resposta por parte da responsável da Universidade por essa pasta, “primeiro presencialmente no Colégio dos Jesuítas” e depois através do envio de “vários e-mails aos quais nunca obtive resposta”. Mais preocupante é o caso reportado por outro aluno que se encontrava em vias de finalizar o processo para participar numa mobilidade internacional do programa Erasmus+. O referido aluno necessitou de dois documentos oficiais, tendo recebido o primeiro deles 2 semanas depois do pedido e apenas após quase 10 chamadas telefónicas “visto que [a responsável da Universidade] não me respondia aos e-mails”. Em relação ao segundo documento, passado um mês após o pedido ainda não o tinha, nem qualquer justificação para o atraso e, ao contactar os Serviços Sociais da Universidade, a resposta que recebeu foi que é “regular este tipo de acontecimentos com a Dr.ª [responsável da Universidade]”, o que indica que há conhecimento deste tipo de acontecimentos mas não há, aparentemente, qualquer tipo de intenção em mudar. Infelizmente, existem dezenas de outros casos como os citados. A internacionalização é um processo de duas vias: importa saber receber, mas também importa garantir que quem representa a nossa Academia além fronteiras passa uma boa imagem. Por enquanto, a imagem é que a Universidade, através dos seus funcionários, não quer nem dá satisfações aos seus alunos nessa matéria, mas os comunicados de imprensa dão outra imagem da realidade. Falando em Erasmus+: será para Inglês ver? Acreditamos que não, nem que seja pelo Brexit. Ricardo Jorge Martins Luís Eduardo Nicolau Alumni

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Diz-me como moras dir-te-ei quem tu és!

O alojamento universitário tem que ser mais do que apenas uma cama. Tem que ser acompanhamento e orientação. Tem que ser um lar. E depois? Depois fica tudo mais fácil. É extremamente dispendioso, económica e emocionalmente, viver fora de casa para estudar. Em muitos casos, trata-se da primeira vez que o jovem tem que gerir o seu orçamento, elaborar lista de compras, ir ao supermercado, tratar da lavandaria, limpar e organizar o quarto e, o pior de tudo, cozinhar. Esta é, sem dúvida, a parte invisível do que é viver sozinho enquanto frequenta a Universidade. A visível, todos conhecem. Para muitos, os estudantes que precisam recorrer ao alojamento universitário não têm regras, não limpam o que sujam, só participam e organizam festas, só fazem barulho, deitam-se muito tarde, levam namorados(as) para os quartos/casa e não estudam como deviam. Mas, será mesmo assim? A sê-lo, não teremos nós, adultos envolvidos na educação de nível superior, tanta responsabilidade quanto os não cumpridores das regras sociais e domésticas? Uma simples busca na Internet, a fiel e única companheira de muitos, mostra-nos que tipo de privações passam os estudantes e seus familiares durante 3 ou 5 anos. Camas suspensas entre duas estantes, residências luxuosas no exterior e podres por dentro, camas colocadas em corredores e adegas e alojamento sem casas de banho, têm em comum a falta de alternativa e os preços exorbitantes que são praticados. Mas não julgue, o leitor, que tal acontece lá fora, longe, com estudantes que não conhece o nome, o curso ou a família. Acontece aqui, acontece em Lisboa, acontece no Porto, acontece em Coimbra, acontece em todo o lado. Acontece onde quem precisa não reclama porque crê não ter alternativa (de oferta e/ou económica) ou porque é coagido a não reclamar. Na Madeira, existe apenas uma residência universitária. Tem dez anos. Deram-lhe o nome de Nossa Senhora das Vitórias. É claramente insuficiente para o caminho que a Universidade da Madeira tem trilhado nos últimos anos, talvez os mesmos 10. Vários foram os espaços falados e apresentados como possíveis alternativas de onde construir. O edifício na Rua da Carreira, a Quinta de São Roque ou recuperar a antiga residência “Flamengo” são soluções faladas nos corredores. Por certo, quando estas palavras vos chegar, novos lugares já terão sido apontados. Seria fundamental para a UMa, e para o seu crescimento, existir oferta de alojamento universitário adequado e ajustado à realidade insular. No entanto, cremos que antes de nascer uma nova residência é fundamental fazer crescer – em qualidade, condições e em excelência – a que já existe e que serve centenas de estudantes e suas famílias. E pagar para usar uma almofada não é um bom começo. Mais do que uma cama é prioritário esclarecer as regras pouco claras, minimizar as intransigências – algumas delas causadas, contudo, pelo comportamento de alguns residentes -, resolver o problema das cozinhas minúsculas que servem, em simultâneo e nos dias mais calmos, 50 utentes, a ausência de estendais e de uma lavandaria adequada e, talvez o mais importante, saber ouvir quem lá reside. Afinal, acolher também é educar. Andreia Micaela Nascimento Académica da Madeira

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