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Pedro Andrade

Sobre a (Des)União Europeia

Nos últimos tempos temos assistido a fenómenos nunca antes imaginados no âmbito do projecto europeu. Alguns acontecimentos fazem-nos questionar a actual credibilidade e durabilidade da União Europeia (UE), pelo menos como a conhecemos na sua génese. Uma série de conjecturas têm-se levantado nos últimos tempos, o que nos fazem questionar se a bonita ideia de Europa se vai consolidar. “Ameaça ao Projeto Europeu”, “O Princípio do Fim”, “A queda do sonho Europeu”, foram estes alguns títulos que fui lendo nos últimos tempos e que marcaram grande parte da imprensa nacional e internacional, perante os acontecimentos que ilustraram parte do segundo semestre do ano passado e ao longo deste ano. A UE depara-se actualmente com uma grande vaga de refugiados. Várias opiniões levantam-se no que concerne a esta temática. A imagem de milhares de refugiados e uns tantos corpos no Mar Mediterrâneo está bem presente na nossa mente. É a partir daqui que o projecto europeu começa a dar sinais da sua fragilidade (pelo menos de forma mais evidentes), pois um dos princípios do tratado da UE fica ameaçado – a solidariedade entre Estados Membros. Quantas vezes ouvimos o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz, e alguns dos principais líderes europeus, a dizerem que o problema da vaga de refugiados era um problema não da Grécia, nem da Itália, mas comum a todos os países que fazem parte da UE. Infelizmente as declarações não caíram bem para alguns Estados Membros, e o desagrado traduziu-se no controlo e encerramento das fronteiras, comprometendo uma das principais conquistas e princípios dos tratados europeus – o da livre circulação entre Estados Membros. Negaram-se a colaborar no acolhimento e na integração de refugiados e de novo mais um princípio quebrado: o princípio associado ao sistema comum de asilo. O problema associado à questão dos refugiados e também o agravamento das questões económicas e financeiras levaram a que partidos de extrema direita e antieuropeístas fossem ganhando visibilidade em diferentes Estados Membros nomeadamente França, Áustria, Reino Unido, Hungria, Holanda, Suíça e Dinamarca. O referendo no Reino Unido, que deu lugar ao BREXIT, foi o perfeito exemplo do avanço de partidos eurocéticos e um tanto ou quanto xenófobos. Outro problema erroneamente associado à questão dos refugiados é o dos sucessivos ataques do autodenominado Estado Islâmico (EI). A UE, e os seus líderes parecem não ter uma resposta efectiva ou até mesmo um plano de acção coordenado para combater o avanço do EI. Acontecimentos como os do Bataclã em Paris, atentados no aeroporto de Bruxelas, em Março deste ano, e os atentados em Nice no passado mês ameaçam e enfraquecem o projecto europeu e permitem que a extrema direita se torne mais forte na sua companha populista anti europeia. Tende-se a dizer que existe um cliché em Bruxelas de que a UE precisa de crises para progredir. Eu efectivamente quero acreditar que sim. Pedro Andrade Antigo estudante da UMa

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Em Bruxelas

A passagem pelo Ensino Superior é sem dúvida o marco principal na vida de um jovem. É uma fase tão completa a nível de vivências, de experiências, de conhecimentos e de expansão dos horizontes. Quando acabamos o Ensino Secundário é-nos apresentado um leque variado de opções e muitos são os caminhos que podemos escolher. Pode ser comparado a um restaurante onde é-nos apresentado um grande menu e ficamos sem saber o que escolher. A escolha daquele prato irá marcar a nossa experiência degustativa. Pois bem, a escolha do curso não é muito diferente. Ou calha-nos bem, ou não. Ciências da Educação (C.E.) – foi a minha opção, foi a minha escolha! No início não sabia muito bem ao que ia. Nunca se tinha falado muito do curso, nunca me tinham explicado ao certo quais as saídas profissionais… mas uma coisa é certa: era Educação. Era Educação a área que eu queria seguir. Conta-me a minha mãe que em criança quando me perguntavam o que queria ser quando fosse “grande” eu sempre respondia “professor”. Já com mais alguns anos, perguntavam-me “E professor de quê?” – Eis o meu dilema! Uma coisa era certa, eu queria ser professor, agora de quê, não sabia. O curso de C.E. veio resolver esse dilema. Deu-me oportunidade de conhecer todo o processo educativo e de estar inteirado do funcionamento e dos processos inerentes à Educação. Não seria professor, mas iria trabalhar numa área que sempre foi do meu interesse, a Educação. Setembro de 2011, foi a altura em que ingressei na UMa. Um ingresso que ficou marcado por experiências que guardo com o maior afinco. A minha vida académica foi vivida com muita intensidade. Sempre lutei por isso, sempre tive pessoas que me proporcionaram vivências aos mais diferentes níveis. Vivi a Praxe, vivi as iniciativas da AAUMa, vivi o curso, vivi a academia… vivi UMa vida! E 3 anos passaram, estava eu no Jardim Municipal a cortar orgulhosamente a minha fita e um mês depois, em Junho, acabaria a licenciatura. Tudo tinha passado! E agora?! Agora começava o verdadeiro desafio: a procura do emprego. Atenção que não era o primeiro emprego. Sempre trabalhei ao longo da minha formação académica, mas desta vez seria diferente. Havia uma licenciatura, havia todo um desejo de aplicar o que tinha sido adquirido ao longo de 3 anos, havia um desejo de passar da teoria à prática. Essa oportunidade surgiu! 1 de Setembro de 2014 estava eu a aterrar no aeroporto de Bruxelas. Haviam passado 3 meses do término da licenciatura. Tudo tão rápido. No dia 2 de Setembro estava eu a entrar no Parlamento Europeu. Um novo desafio chegaria até mim. Um trabalho numa grande (se não na maior) instituição europeia. Um ritmo diferente, acelerado… mas um trabalho que me agradava de todo. Um trabalho que exige muita investigação e dedicação. Este era e é o meu novo desafio nos próximos tempos. Se me perguntassem onde estaria eu depois da licenciatura, o último lugar que me ocorreria seria o Parlamento Europeu. Passaram 3 anos, mas as recordações não têm tempo e ficam para sempre guardadas na nossa vida. João Pedro Andrade Alumni

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