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Guilherme Vieira

Classes (mais) jovens e o caminho da(s) sustentabilidade(s)

Na perspectiva dos grupos mais jovens e, sobretudo, ao nível académico, a sustentabilidade económica surge como preocupação crescente. Em tempos de crise, essa questão é um problema que se intensifica. Porém, outras soluções poderão ser reequacionadas nessa direcção e, tendo em conta a actual situação pandémica, a maior procura pelos meios digitais pode resultar precisamente numa eficaz e ponderada gestão dos recursos económicos. Outrossim, o trabalho das Nações Unidas tem visado um desenvolvimento sustentável, no âmbito da Agenda 2030. Veremos se, à velocidade frenética advinda de um progresso científico e tecnológico diário, a sociedade não se descaracterize em termos do seu ethos cultural ou se, porventura, possa potencializar o crescimento do sistema económico ao nível global, de modo a garantir um caminho sustentável. Certamente que, as classes mais jovens em questão, já tiveram a oportunidade de utilizar um cartão de débito ou, até mesmo, outra modalidade afim, que as permitisse efectuar operações sobretudo de transferência ou de levantamento. Caso ainda não tenha acontecido, em princípio, os pais e outros familiares decerto já usaram determinados cartões bancários. Quero dizer com isto que, desde muito cedo, apesar de não se manifestar directamente na prática, lidamos com métodos de sustentabilidade económica, no caso, em ambiente familiar. Contudo, em que medida utilizamos ferramentas de sustentabilidade económica, em fases da vida, como por exemplo, a que se sente actualmente? Efectivamente, a resposta encontra-se nos meios digitais. A título exemplificativo, a criação de plataformas dedicadas ao mercado livreiro introduz-se como uma alternativa sustentável, visto que permite aos leitores na sua generalidade e, neste contexto, aos mais jovens, efectuarem uma selecção dos vários e-books, entrevistas e outras informações que se encontram disponíveis, dos(as) quais lhes suscite mais interesse, bem como encomendar algum livro e, neste sentido, dispondo daqueles que forem os métodos de pagamento mais convenientes: PayPal, MB Way, cartão de crédito, entre outros. Deste modo, a área do livro também recuperará nos vários sectores que dinamizam e contribuem para o seu crescimento económico, desde os agentes editoriais até aos autores. Relativamente à Agenda 2030, esta pode servir como porta-estandarte para que os jovens se guiem numa linha de pensamento mais comunitária e associada aos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que se estabeleceram em 2015. A base para uma sustentabilidade global não só está presente economicamente, mas também social e ambientalmente. Por outras palavras, são esses três pilares que funcionam articuladamente e permitem às gerações jovens actuais não comprometerem o futuro daquelas que lhes sucederão. Por isso, quando pensamos numa sociedade mais desenvolvida tecnologicamente em paralelo com o progresso científico, não há certezas que a questão da sustentabilidade esteja resolvida. Como poderemos explicar essa evidência que nos conduz a uma reflexão? Significa que ao caminharmos cada vez mais para uma óptica de manipulação do ser humano e, consequentemente, para uma substituição pelas máquinas robotizadas, estaremos inevitavelmente a associar-nos a uma corrente pós-humanista alicerçada a um transhumanismo, que apodera-se de uma sensibilidade humana entorpecida. Os riscos de que incorremos serão: em relação à sustentabilidade económica, com a redução das horas de trabalho e com uma redefinição dos contratos laborais, que pode resultar em mais despedimentos; no domínio social, a descrença nas capacidades práticas que, naturalmente, o ser humano por ele próprio fazia, o que resulta num afastamento social em relação a algumas actividades em grupo e, por fim; no domínio ambiental, a presença de armas completamente autónomas é um dos exemplos, que pode proliferar maior destruição dos habitats naturais. Cabe ao ser humano e, neste sentido, as classes mais jovens desempenham um papel fundamental, prever os prós e os contras destas alterações significativas ao nível da(s) sustentabilidade(s), programando as inteligências artificiais de forma segura e com uma distribuição equitativa por cada sector empresarial ou unidades de emprego. Em conclusão, o caminho da sustentabilidade económica é desenvolvimento de uma estrutura holística, que trabalha quotidianamente para assegurar os recursos indispensáveis ao seu funcionamento. Em tempos de crise, as classes mais jovens representam a força motriz de uma economia mais digital, mas também mais social e ambiental. Assim, esperemos que essa dicotomia pós-humana e transhumana se mobilize como raiz ética para reflectirmos sempre em sustentabilidade(s). Guilherme Vieira Aluno da UMa

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Bolsas de estudo – quais as principais (des)vantagens?

É do conhecimento geral, as vantagens das bolsas de estudo para os estudantes, tanto as atribuídas no Ensino Superior, como no ensino secundário ou equivalente. Os estudantes locais e estrangeiros podem ser beneficiados, ao abrigo de programas que complementem incentivos de ordem financeira, profissional, educativa – como são exemplos disso: o Programa+Superior – redefinido no ano letivo 2019-2020, constituindo um aumento efetivo do número de bolsas; bem como relativamente ao programa Erasmus+, cuja premissa fundamental destaca-se na mobilidade da vida académica entre estudantes e professores universitários a nível global. Desta forma, o intercâmbio com o exterior e a experiência internacional têm como objetivos: fornecer ao estudante competências socias, de interação e partilha em comunidade, o que permite potencializar uma maior rede de contactos e, consequentemente abrir espaços ao futuro no mercado de trabalho. No entanto, a questão-problema que se coloca corrobora em parte com a aposta na educação e formação, mas também com o incentivo às gerações mais jovens e aos grupos vulneráveis. Aliás, a avaliação por parte dos países que integram um dos programas internacionais – neste caso, o Erasmus+, vem precisamente apontar essa necessidade conjunta. Por isso, interessa à sociedade civil e ao Estado, em parceria com as instituições de ensino, perceber as melhores soluções aos programas, nos quais se viabilize uma maior ação no ensino e na formação – com a implementação de cursos livres, em que se associe instrumentos de avaliação capazes de responder às premissas fundamentais no ensino do curso de cada estudante e, desse modo, perspetivando o futuro no mercado de trabalho e, integramente algumas atividades complementares; bem como que se assegure as reais necessidades das faixas etárias menores e respetivos grupos vulneráveis acima mencionados. Nesse sentido, requer-se uma maior dinâmica nos protocolos regulados pelas instituições, a fim de que os processos de candidaturas aos programas, nos casos específicos de cada estudante, e respetivas bolsas atribuídas, se encaminhem e decorram celeremente. Em primeiro plano, o Ensino Superior Público deveria ser gratuito para todos os estudantes. Sendo assim, como já veio a público ser defendido por alguns partidos em Portugal, a redução progressiva do valor das propinas até o valor zero, representa uma proposta que deve ser ponderada e executada nestes próximos anos. Que vantagens servirá nas bolsas de estudo para os estudantes? Claramente, um maior aproveitamento do montante da bolsa, seja para despesas universitárias ou outros gastos mais pessoais. Ao nível da autoridade tributária, o processo de candidatura para a bolsa da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) não assumiria critérios tão meticulosos acerca de dados concretos do agregado familiar, o que se refletiria numa menor morosidade da análise das candidaturas. De modo a equilibrar a balança de rendimentos das diferentes famílias, poder-se-ia aplicar taxas anuais em cada situação de estudante, dependendo dos agregados familiares comportarem rendimentos mais elevados ou mais baixos. Neste caso, as Finanças poderiam atuar na ajuda a este sistema, fornecendo automaticamente os dados acerca dos rendimentos dos estudantes para os sistemas informáticos das universidades – visto que, como se tem conhecimento, as Finanças são uma das entidades cuja informação é dependente no processo de candidaturas para as universidades. No entanto, esta é apenas uma proposta de colmatar eventuais injustiças financeiras na atribuição de bolsas aos estudantes. Certamente que, na prática, requerer-se-ia uma proposta reformulada para que o sistema funcionasse na sua globalidade entre as entidades competentes no processo: Serviços de Ação Social da Universidade, Serviços Académicos correspondentes, Finanças e Segurança Social. E que eventuais desvantagens poderiam advir, tendo em conta esta medida? Falta de maior financiamento às universidades com o fim das propinas e quebra significativa no funcionamento da ação social nas universidades. Contudo, a investigação especializada em cada curso por parte dos estudantes poderia ser solucionada para o financiamento nas instituições de ensino e entre as mesmas, comparticipando esse trabalho em equipa com o Estado. A revisão da tabela dos diversos escalões da Segurança Social sugestiona-se também ela fundamental. Em segundo lugar, revela-se um exercício preponderante olhar para os dados estatísticos disponibilizados pela DGES, principalmente nestes dois últimos anos letivos, acerca das bolsas de estudos no Ensino Superior Público. Porquê? No sentido de compreender melhor a realidade nacional que influencia a vida dos estudantes que pretendem ingressar no Ensino Superior Público, mas também daqueles que continuam nas universidades. No ano letivo 2018-2019, foram submetidos 84 715 requerimentos, dos quais 64 897 deferidos e 19 459 indeferidos. Foram arquivados 151 processos de candidaturas às bolsas. No que diz respeito ao ano letivo vigente, 2019-2020, o número de requerimentos no Ensino Superior Público sofreu um decréscimo para 82 876. Apresentaram-se deferidas 55 611 candidaturas e indeferidas 15 649, com 124 processos arquivados. Para além dos processos que são indeferidos por não responderem aos requisitos para atribuição das bolsas de estudo, ainda são arquivados muitos processos que não obtiveram resposta da instituição de ensino e encontram-se pendentes nos Gabinetes de Apoio ao Estudante das Universidades. Como se não bastasse, o número de requerimentos ao Ensino Superior Público diminuiu em relação há um ano letivo. De que forma então pretendemos apoiar os estudantes locais e estrangeiros que escolhem o Ensino Superior Público? Invariavelmente, recorrendo a soluções que combatam o abandono escolar e incentivando à entrada no universo académico, com programas cada vez mais reorganizados de bolsas de estudo – não esquecendo os estudantes com mérito e bons resultados nas suas universidades, beneficiando-os com bolsas de investigação e levando-os também a outras instituições de ensino internacionais, de modo a adquirirem experiência no estrangeiro e contactarem com novas pessoas das suas áreas. Isto porque as universidades fazem-se desta mobilização e ação para o exterior, bem como reconhecimento internacional dos seus recursos humanos e capacidades de gerar emprego e melhores condições aos seus estudantes. Para isso, é necessário foco e discernimento no momento de atuar em prol de uma melhor universidade. Existem, portanto, alguns pontos-chave a ter em conta numa bolsa de estudo que seja beneficiadora para estudantes locais e estrangeiros: um subsídio de alimentação, de alojamento na residência, despesas comuns do dia-a-dia nas universidades – como fotocópias, material requerido para as

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