Um novo curso, novos desafios

“Inserida numa região turística por excelência, a Universidade da Madeira abriu, recentemente, uma nova licenciatura vocacionada para esta área económica, Direcção e Gestão Hoteleira.”

Apreciando o primeiro ano de funcionamento deste curso, colocámos algumas questões à sua Directora, Rossana Santos, que seguidamente transcrevemos.

Como avalia o 1.º ano do curso de Direcção e Gestão Hoteleira?
O ano letivo 2018-19 foi o primeiro ano do funcionamento do primeiro curso de Direção e Gestão Hoteleira da Universidade da Madeira. Assim sendo, foi um marco importante na história da hotelaria em Portugal e na Região Autónoma da Madeira (RAM). A Reitoria da UMa está de parabéns por ter lançado a primeira pedra de um projeto crucial para o turismo na região. Sendo a RAM uma região de tradição hoteleira, o primeiro ano do curso de Direção e Gestão Hoteleira foi o primeiro passo para a conciliação entre o profissionalismo e simpatia do capital humano e o conhecimento.

Os protagonistas deste curso – alunos e corpo docente – tiveram um papel fundamental para que o primeiro ano tivesse sido possível e com níveis satisfatórios de aproveitamento.

Qual a resposta do sector do turismo com a abertura de um curso tão esperado?

A resposta tem sido muito positiva, quer da parte dos organismos oficiais do turismo, quer da parte das empresas turísticas. A comunidade residente, em geral, tem sido a que mais interesse tem manifestado através da procura ativa de informações sobre o curso na universidade e em exposições.

Como comenta os problemas relacionados com o excesso de carga horária dos alunos que, em alguns períodos, ultrapassou as 30 horas semanais?

Qualquer projeto que inicia enfrenta desafios. Foi graças à colaboração dos nossos alunos e corpo docente que os conseguimos ultrapassar. Neste momento, ainda contamos com a colaboração de 2 professores externos da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e as aulas práticas são lecionadas na Escola Profissional de Hotelaria e Turismo da Madeira e em outras empresas com as quais a universidade tem protocolos de colaboração. Assim sendo, inevitavelmente, os horários têm de ser definidos em concordância.

Quais foram as principais queixas que chegaram à direcção de curso neste primeiro ano?

A sobrecarga horária em determinados períodos, do segundo semestre, para que a concretização das aulas práticas fosse possível. Houve pontualmente outras questões, mas que não deixam de ser transversais a outros cursos e realidades do ensino superior em geral.

Como gostaria de ver o curso dentro de 10 anos?

Gostaria que daqui a 10 anos o curso também fosse ministrado por doutorados em áreas de necessidade a nível internacional, nomeadamente em Hotelaria, Cozinha e Restauração, e num novo hotel de aplicação na RAM.