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Emanuel Camacho

O impacto da pandemia na educação

No passado mês de Março, um bilião de alunos foram surpreendidos em todo o mundo pelo encerramento abrupto dos seus estabelecimentos de ensino, desde as creches até ao ensino superior. Nesta crise, sem precedentes e de proporção global, todos tivemos que nos adaptar às contingências e directrizes a que esta pandemia obrigou, pois todas as indústrias e todas a áreas foram atingidas de uma forma quase obscena. Esta crise pandémica revolucionou a forma de aprender e o isolamento acabou por criar vários hábitos e comportamentos, quer nas famílias, quer nas instituições de ensino, que englobam uma panóplia de recursos humanos, desde os alunos aos professores, mas também passando por todos os funcionários, que se foram obrigados a adaptar a um conjunto de novas metodologias. Todas as crises são uma oportunidade de crescimento, quer a nível individual, quer em sociedade e esta não é excepção. Que depois desta pandemia, a educação venha fortalecida, pois a única forma de mudar o paradigma de uma sociedade é investindo no seu sistema educativo, que ninguém tenha dúvidas sobre esta matéria. O desempenho do Governo nesta crise Como sempre, todos os estigmas e novas eras, trazem consigo um conjunto de obstáculos, que cabe a todos nós enquanto sociedade (em especial às instâncias governativas) resolver. Nas denominadas escolas públicas, 28% dos alunos do ensino básico não têm acesso a computadores. Depois, ainda temos os alunos que, embora tenham computador, não têm acesso à internet. Existe ainda outro estudo que conclui que 23% dos alunos do 12.º ano não possuem computador ou não têm acesso à internet em casa. Estes números, se pudessem ser directamente extrapolados à população do nosso país, seriam qualquer coisa como 300 mil alunos sem os meios necessários para poderem aceder às suas aulas. O nosso Ministro da Educação já elogiou (e bem) o espírito de missão, o compromisso e seriedade dos nossos professores, alunos e funcionários, contudo, o seu grande desafio (seu e do seu governo) é combater as desigualdades que patenteiam este número desolador de alunos carenciados de equipamentos. As autarquias têm desempenhado um papel importante, mas não chega. A única forma de minimizar o impacto e os constrangimentos deste vírus, é fazer o ensino chegar a todos. António Costa já se comprometeu a fazê-lo e resta-nos esperar que cumpra com os seus desígnios dentro da máxima celeridade possível. Como será o próximo ano lectivo? António Costa deixou nas entrelinhas bem explícito que o retomar do ensino secundário, na próxima semana, será uma espécie de tubo de ensaio para o próximo ano lectivo. Esperemos que decorra tudo dentro da normalidade, permitindo abrir boas perspectivas para os próximos meses de Setembro e Outubro. Não existindo vacina em menos de um ano, resta-nos adaptarmo-nos aos novos tempos, aprendendo a lidar com o vírus e cumprindo as premissas da Direcção-Geral de Saúde. Se cada um fizer a sua parte, será meio caminho andado para um regresso gradual à normalidade. Mas que ninguém se iluda, o mundo e o ensino nunca mais serão os mesmos. Emanuel Camacho Aluno da UMa

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A importância do escrutínio de todas as gerações

O nosso país tem tudo para ser apetecível. Somos dos países mais seguros da europa, temos uma gastronomia singular e um clima de fazer inveja a muitos outros por essa Europa fora. Contudo, estas características são cada vez mais manchadas pela falta de idoneidade e de transparência da nossa classe política. Torna-se evidente, a cada ato eleitoral, um desinteresse e um afastamento dos eleitores acerca das decisões do nosso país, com maior enfâse dos nossos jovens. Resultado? Uma enorme taxa de abstenção tendo chegado aos 51% nas últimas legislativas. Estes dados espelham a decadência em que está mergulhado o nosso sistema político, num país onde se privilegia a “chico espertice”. As promessas das campanhas eleitorais não passam disso mesmo, promessas, a honestidade é aniquilada pela ambição desmedida, a transparência vira opacidade, que semeia o vírus da descrença e indiferença em todos nós que, diariamente somos blindados com noticiários, sempre sobre o mesmo tema, a corrupção. Depois de José Sócrates e Ricardo Salgado, surge Isabel dos Santos, entre tantos e tantos outros. Perante este status-quo, é perfeitamente plausível que nós jovens, não queiramos pactuar com este compadrio e aldrabices. Todavia, a solução não pode ser ignorar, desligar e fingir que nada se passa. Cabe-nos a nós questionar, cabe-nos a nós colocar em causa tudo isto. Não é concebível que um chamado “hacker”, como Rui Pinto esteja em prisão preventiva tudo porque conseguiu reunir um conjunto de documentação que coloca em causa o nosso sistema. A nossa justiça tem de funcionar, porém não é isso que acontece. Temos uma justiça forte com os fracos e fraca com os poderosos que continuam a minar, a corromper e a esvaziar os cofres do nosso país. Mas isso depende de nós e da nossa articipação activa na sociedade. Queremos mudar? Temos que votar, temos que lutar. Portugal precisa de jovens ativos, irreverentes, atentos, preocupados e vigilantes. A mudança, essa, acontece em cada um de nós. Fiquem atentos e não se deixem manipular! Emanuel Camacho Aluno da UMa

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